filme “Interestelar” at Blog Ayrton Marcondes

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Confesso que logo após assistir ao filme não resisti à tentação de saber o que a turma tinha achado da produção do diretor Christopher Nolan. Afinal o homem era o respinsável pela trilogia Batman e aventurara-se naqule estranho “A Origem” que punha a gente para pensar aum bocado. E agora vinha esse “Interestelar” com toda pompa de grande produção, duas horas e cinquenta de duração, atores como Matthew McConaughey, Anne Hathaway, Michael Caine e Matt Demon. Diretor e atores pra ninguém botar defeito, superprodução etc e tal.

Bem não vi nenhuma crítica realmente elogiosa, nem aqui, nem nos EUA. Aquela coisa, o filme é bom etc, mas… Esse “mas” se refere ao excesso de diálogos, à necessidade de explicar os fenômenos físicos relacionados à física quântica, à questão da passagem do tempo, à gravidade e à abertura do buraco negro que permitiria encurtar o tempo de viagens espaciais transportando o homem a regiões longínquas do universo, distantes milhares de anos- luz do nosso planeta.

Creio que interessar-se mai ou menos pelo filme - não me refiro a simplesmente gostar ou não - dependerá muito do interesse do espectador pela situação atual de nosso planeta e do que está para acontecer num futuro não muito distante. No filme a Terra agoniza. Esgotado pela ação do homem e sucumbindo à ação de pragas o planeta tem seus dias contados, fim evidenciado pela carestia e nuvens de poeIra que tudo encobrem. Nesse planeta arrasado só uma solução se apresenta como recurso para a continuidade da espécie: sair do planeta, transportar os terráqueos a um planeta similar que ofereça condIções para a continuidade da vida como a conhecemos.

É nessa missão - a de encontrar uma nova morada - que o capitão Cooper (Mattheu) se aventura. O enredo do filme consiste nessa louca aventura por espaços  desconhecidos em busca de um mundo que possa abrIgar a espécie humana antes da grande catástrofe que colocará fim a ela.

Realmente há excesso de diálogos e explicações que visam dar ao espectador a medida exata do que se passa na tela. Infelizmente tais explicações são necessárias de vez que não se espera que espectadores comuns estejam famíliarizados com as linguagens da física e da alta tecnologia. Entretanto, não se pode dizer que isso diminua o valor do filme que na verdade propõe uma séria discussão a respeito do destino do homem. De fato o planeta vem dando sinais de cansaço diante dos abusos praticados pelo homem e hoje em dia fala-se muito sobre a necessidade de exploração do espaço como via de acesso para formação de colônias humanas Nesse sentido não há como negar a atualidade do filme que se insere em questão, queira-se ou não, em aberto.

De modo que se de um lado tem-se seres humanos imersos em suas disputas nas quais não faltam mesquinharias, se ainda perduram valores como o amor e a proteção dos filhos, por outro há a necessidades superior de salvar o homem e dar continuidade à espécie. O filme de Nolan aventura-se nesse difícil caldo de contradições e sai-se muito bem ao permitir que a inteligência humana se sobreponha às dificuldades.

“Interestelar” é um bom filme que prende o espectador porque o que está em jogo na tela éo o futuro do homem e seu destino.

O mistério do espaço

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Assisti pela TV à entrevista de um professor especializado em cosmologia. Quatro entrevistadores perguntaram a ele sobre mistérios do Cosmos, particularmente sobre a possibilidade de vida fora da Terra.

Obviamente, tudo o que se disse durante a entrevista pertence ao território das hipóteses. Entretanto, parece haver consenso sobre o fato de que o homem não ficará preso ao planeta no qual se originou a espécie. Considera-se que a exploração do espaço que nos cerca é uma questão de tempo. É bom que se diga que esse “tempo” está atrelado à evolução da tecnologia. Não se sabe quando, mas chegará época na qual o homem disporá de meios capazes de se deslocar com velocidades incríveis. Ainda assim resta a questão das enormes distâncias avaliadas em trilhões de km quando se trata de estrelas mais próximas.

Segundo o professor não se trata de ficção a hipótese de meios de transporte mais rápidos. Lembra ele de que há pouco mais de 100 anos D. Pedro I utilizava cavalos, pouco mais tarde D. Pedro II viajou de trem e hoje temos o que temos. No tempo do Primeiro Império quem imaginaria que em futuro não muito distante existiriam aviões?

Outro assunto discutido foi sobre a possibilidade de vida fora da Terra. Citou o professor uma das luas de Saturno cuja superfície é coberta por gelo, mas sob essa camada existe água e mesmo águas quentes nas quais podem surgir microrganismos. E que dizer de Marte planeta que provavelmente será dos primeiros a serem explorados pelo homem?

O fato é que cada vez mais nosso olhar se alonga para fora do planeta. Enorme curiosidade e a necessidade de respostas a muitas indagações acerca do misterioso universo que nos cerca torna esse assunto cada vez mais frequente nas conversas. Há quem acredite na existência de civilizações avançadas, vivendo em outras partes do universo com as quais mais cedo ou mais tarde faremos contato.  A existência de mundos semelhantes ao nosso e a descoberta deles é assunto apaixonante.

Está nos cinemas o filme “Interestelar” cuja trama tem alavancado muitas considerações sobre a possibilidade de um dia deixarmos o nosso planeta. Ainda não assisti ao filme, mas pretendo vê-lo dado que faço parte da massa de pessoas que querem saber um pouco mais sobre a origem da vida na Terra e as possíveis ligações entre os corpos celestes.