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O mistério do espaço

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Assisti pela TV à entrevista de um professor especializado em cosmologia. Quatro entrevistadores perguntaram a ele sobre mistérios do Cosmos, particularmente sobre a possibilidade de vida fora da Terra.

Obviamente, tudo o que se disse durante a entrevista pertence ao território das hipóteses. Entretanto, parece haver consenso sobre o fato de que o homem não ficará preso ao planeta no qual se originou a espécie. Considera-se que a exploração do espaço que nos cerca é uma questão de tempo. É bom que se diga que esse “tempo” está atrelado à evolução da tecnologia. Não se sabe quando, mas chegará época na qual o homem disporá de meios capazes de se deslocar com velocidades incríveis. Ainda assim resta a questão das enormes distâncias avaliadas em trilhões de km quando se trata de estrelas mais próximas.

Segundo o professor não se trata de ficção a hipótese de meios de transporte mais rápidos. Lembra ele de que há pouco mais de 100 anos D. Pedro I utilizava cavalos, pouco mais tarde D. Pedro II viajou de trem e hoje temos o que temos. No tempo do Primeiro Império quem imaginaria que em futuro não muito distante existiriam aviões?

Outro assunto discutido foi sobre a possibilidade de vida fora da Terra. Citou o professor uma das luas de Saturno cuja superfície é coberta por gelo, mas sob essa camada existe água e mesmo águas quentes nas quais podem surgir microrganismos. E que dizer de Marte planeta que provavelmente será dos primeiros a serem explorados pelo homem?

O fato é que cada vez mais nosso olhar se alonga para fora do planeta. Enorme curiosidade e a necessidade de respostas a muitas indagações acerca do misterioso universo que nos cerca torna esse assunto cada vez mais frequente nas conversas. Há quem acredite na existência de civilizações avançadas, vivendo em outras partes do universo com as quais mais cedo ou mais tarde faremos contato.  A existência de mundos semelhantes ao nosso e a descoberta deles é assunto apaixonante.

Está nos cinemas o filme “Interestelar” cuja trama tem alavancado muitas considerações sobre a possibilidade de um dia deixarmos o nosso planeta. Ainda não assisti ao filme, mas pretendo vê-lo dado que faço parte da massa de pessoas que querem saber um pouco mais sobre a origem da vida na Terra e as possíveis ligações entre os corpos celestes.

Mars One

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Em andamento o projeto Mars One para colonização de Marte. Cerca de 200 mil pessoas inscreveram-se para serem os primeiros colonizadores de Marte, mas apenas 1058 passaram à segunda fase, entre eles uma brasileira.

Está prevista para o ano que vem uma fase de treinamento dos futuros habitantes de Marte. Em 2020 um jipe-robô será enviado com a missão de descobrir a melhor região do planeta vermelho para obtenção de água e energia solar. Já a construção de módulos habitáveis acontecerá em 2022. Finalmente, em 2024, os primeiros terráqueos a deixarem o planeta para morar em Marte partirão, lá chegando em 2025 após 210 dias de viagem.

Que se diga: trata-se de uma viagem só de ida porque não existe volta prevista. Os terráqueos estarão deixando sua terra nativa para se transformarem em imigrantes marcianos.

Segundo os entendidos as coisas não são tão simples. Para começar considera-se que o Mars One está sendo projetado com custos mais baixos do que os que serão necessários. Quanto aos primeiros 24 colonizadores que serão enviados sabe-se que enfrentarão problemas como a perda de massa óssea a atrofia muscular. Isso fora terem que enfrentar altos índices de radiação ao longo de seus 210 dias de viagem. Além disso, adverte-se que o pior problema a considerar é o psicológico, resultante do confinamento.

Nessa história toda o que impressiona é a decisão tomada por algumas pessoas que pretendem abandonar definitivamente a Terra. Isso representa despedir-se para sempre de nossa civilização e, mais que isso, de todos familiares e conhecidos.  Não seria o caso de se investigar mais profundamente as razões de tão radical escolha?

Imagino que em cada um dos futuros colonizadores de Marte exista um arraigado espírito de aventura. Talvez sejam pessoas que preferem viver isoladas e à margem de injunções sociais a que estão obrigadas no dia-a-dia. Entretanto, na Terra viver isoladamente é opção. Estando em Marte o isolamento torna-se obrigatório e sem saída o que pode rapidamente levar ao desespero.

Mars One tem tudo para não passar de mais uma ficção. Talvez seja mesmo roteiro de filme que estão por rodar. Descobrir os segredos do planeta vermelho excita a curiosidade humana. Seria emocionante uma aventura espacial com a finalidade de investigar Marte. Mas, viagem sem volta…

Viagens espaciais

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Tenho tendência a considerar tudo o que se relaciona ao espaço sideral como parte de histórias de ficção. Talvez isso tenha a ver com a minha infância, tempo no qual a Lua era nada mais, nada menos, que a Lua mesmo com o São Jorge dela e tudo. Viagens espaciais só as do Flash Gordon, seriado que passava nos cinemas após os filmes principais. Toda semana esperávamos o fim do filme para assistir as aventuras do Flash no planeta Mongo onde reinava o terrível imperador Ming. Flash e a namorada dele, a Dale Arden, auxiliados pelo Dr. Zarkov, se metiam nas maiores encrencas fora da Terra. Os episódios da série sempre terminavam com o Flash numa situação perigosa que nos parecia insolúvel. Mas, tínhamos que esperar uma semana para assistir, no domingo seguinte, o próximo episódio da série no qual, de um modo ou de outro, o Flash se safaria da situação escabrosa em que havia se metido.

Creio que a descida dos astronautas norte-americanos na Lua, o tal grande passo da humanidade, abriu uma brecha entre a ficção e a realidade. Afinal, aquilo que só parecia possível na ficção tornava-se realidade, embora o satélite nada tivesse de atrativo. Ao contrário dos planetas frequentados pelo Flash Gordon, a Lua mostrou-se um lugar ermo, sem água, sem nada que pudesse atrair a nossa atenção. Sempre repito que, assim como todo mundo, assisti pela televisão ao momento em que Neil Armstrong pisou na Lua e, na sala onde eu estava naquela ocasião, ouvi de pessoas presentes que aquilo não passava de invenção dos americanos, reis que eram eles nessa coisa de fazer filmes.

Depois da viagem à Lua outras explorações do espaço aconteceram nos últimos anos de modo que acredito não ser possível que alguém ainda duvide da existência de viagens espaciais. Agora estão anunciando viagens ao espaço para quem quiser pagar por elas e parece que, até o final desse ano, será realizada a primeira incursão turística na área espacial. Imagino que olhar o nosso planeta de fora dele realmente seja muito interessante e desafiador à compreensão que temos das nossas vidas e modos de ser. Recentemente, durante viagem de avião, sobrevoamos a região onde moro. Ver lá de cima os prédios em tamanho reduzido pela distância e pensar que aquele era o lugar onde a minha vida se passava deu-me a impressão de uma pequenez insolúvel e traumática. Afinal que era eu não só neste mundo, mas em relação à vastidão do espaço? Pois se uma simples olhada através da janelinha de um avião proporcionou tal impressão, imagino o que venha a ser estar fora da Terra, no espaço, contemplando o planeta em que vivemos.

Hoje se noticia que um grupo empresarial pretende explorar asteroides para retirar minérios raros na Terra, como é o caso do paládio e da platina. Entre os membros do grupo figura, na qualidade de consultor, o cineasta James Cameron, diretor de filmes como “Titanic” e “Avatar”. Segundo se informa um asteroide de 500 metros tem mais platina do que toda a quantidade desse minério já obtida na Terra. Os membros do grupo são bilionários de modo que dinheiro não será problema para a execução das fases do projeto que culminarão em viagens espaciais não tripuladas com a finalidade de extrair minérios.

Existem cerca de 9000 asteroides próximos da Terra e informa-se que 1500 deles são tão fáceis de visitar quanto a Lua.

Eis aí uma dessas notícias que nos dão a impressão de que, na verdade, Cameron vai mesmo é fazer um novo filme. Não tem jeito: a coisa toda cheira roteiro ficcional. Mas, vai-se lá saber no que tudo isso vai dar, sendo muito provável que os envolvidos no projeto acabem conseguindo realizar aquilo a que se propõem. Enquanto isso não acontece o melhor é fingir que, afinal, vivemos aqui neste planeta o qual devemos conservar a todo custo, sem sonhar com as possibilidades de importar do espaço soluções para as nossas necessidades.