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2014

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“A Copa do Mundo é nossa, com o brasileiro não há quem possa” - cantava-se assim nas ruas após a magnética conquista de 58. Naquele mundo de 1958 ouviam-se as transmissões dos jogos pelo rádio.  Através dele sabia-se das diabruras de Garrincha e comemoravam-se as fenomenais investidas de um novo jogador chamado Pelé. Um país e seu povo, ambos carentes de auto-afirmação, finalmente davam o troco no resto do mundo e isso com chutes de seus jogadores.

Agora o Brasil sediará a Copa de 2014. Saudosistas incorrigíveis, os brasileiros mais velhos sonharão com o fantasma de 1950: aquela bola do uruguaio Gighia passando pelo goleiro Barbosa e decretando a incrível vitória do Uruguai, em pleno Maracanã, está entre os fatos mais marcantes de nossa história.

Acontecerá de novo? Seremos campeões mundiais jogando em casa? Mais do que tudo talvez a vitória dependa do empenho dos jogadores, do compromisso de cada um com a sua nacionalidade. O fato é que, hoje em dia, a maioria dos nossos craques vive e joga no exterior, afastada de suas raízes. Fazer parte da seleção nacional é ganhar projeção aos olhos do mundo, valorizar o passe, ganhar mais dinheiro.

Talvez por essas razões não tenhamos visto o choro de nossos craques quando a seleção nacional foi eliminada na última Copa do Mundo. Para a maioria deles era só um jogo e nada mais. Choraram por eles as tristes bandeiras e os enfeites verde-amarelos nas portas das casas e ao longo das ruas das grandes cidades e vastos interiores do país. Choramos também nós, torcedores fanáticos, saudosos dos tempos em que, caso fosse preciso, um jogador morreria no campo em nome da camisa da seleção brasileira.

Escrito por Ayrton Marcondes

1 junho, 2009 às 12:22 pm

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Postado em Cotidiano

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