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Agulhas no corpo

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Rituais de magia negra com sacrifícios e ações por vingança são mais comuns do que se pensa. Atos de barbárie acontecem sob o manto de seitas religiosas que apelam para rituais extremados em nome de suas esdrúxulas crenças.

Quem não se lembra do reverendo Jim Jones, pastor evangélico norte-americano que fundou a igreja “Templo do Povo”? Esse Jim Jones passou à história por reunir-se com seus fiéis na Guiana onde fundou, no meio da selva, uma cidade ao qual deu o nome de Jonestown. Nesse lugar Jones conduziu seus fanáticos seguidores ao suicídio coletivo provocado pela ingestão de suco com cianureto. Desse modo, no dia 18 de novembro de 1978, morreram em Jonestown 913 pessoas, entre elas homens, mulheres e crianças. Jones não tomou o suco: suicidou-se com um tiro.

Agora surge um caso estranho na cidade de Ibotirama, interior da Bahia. Um homem, ajudado por duas mulheres, colocou mais de 40 agulhas no corpo de uma criança de 2 anos de idade. Consta que uma das mulheres pertence a uma seita religiosa.

No momento a criança está em estado grave porque uma das agulhas perfurou o pulmão. Segundo os médicos é mais perigoso tentar retirar as agulhas do corpo do que deixá-las onde se encontram.

O confesso autor do crime é padrasto da criança e afirma tê-lo perpetrado para vingar-se da mãe dela. A repercussão do fato já atravessa as fronteiras do país: agências internacionais de noticias já divulgam o acontecimento ocorrido em Ibotirama.

Pertencem à psiquiatria as explicações sobre os móveis mentais que levam pessoas a praticarem tamanha barbárie. Trata-se de caso no qual a fronteira entre o humano e o animalesco torna-se identificável. À maldade intrínseca ao ato hediondo cometido soma-se o ritualismo demoníaco que domina espíritos exaltados e capazes de ações extremadas. A vingança confessada pelo autor do crime representa apenas a superfície do ato consumado. Atravessando-se a barreira por si só ilógica da ação perpetrada abre-se um abismo de variáveis, nem todas elas conscientes e suficientemente claras para explicar o que aconteceu.

O exercício do mal não se explica através de simples comparações com normas esperadas de conduta. O mal é complexo; as almas que a ele se dedicam mais complexas ainda.