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Atravessando fronteiras

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Houve tempo em que o único jeito de se obter alguns tipos de
mercadorias importadas era trazendo-as do exterior, atravessando fronteiras. A
reserva de informática que vigorou no país fazia-nos sonhar com máquinas mais
potentes e velozes as quais, quando encontradas no mercado nacional, custavam
os olhos da cara. Então, o jeito era dar uma voltinha em Ciudad del Este,
Paraguai, porta de entrada de tudo o que não existia por aqui. Ainda hoje
sacoleiros atravessam, diariamente, a Ponte da Amizade que liga a brasileira
Foz de Iguaçu à cidade paraguaia. Vez ou outra se noticiam ações da Polícia
Federal interceptando ônibus de sacoleiros e apreendendo mercadorias que entram
ilegalmente no país.

Entretanto, no passado existia interesse não só em trazer
mercadorias como a curiosidade em conhecer a variedade de produtos importados a
começar pelos carros que circulavam nas ruas da cidade paraguaia. Aqui poucas
marcas de veículos eram comercializadas e nem de longe a frota nacional poderia
se comparar à variedade de veículos que circulavam em outros países. Coisa meio
inacreditável hoje em dia, não?

Leio sobre as mulheres-mula que todo dia transportam nas
costas cargas pesadas entre a Espanha e o Marrocos. Valem-se elas do fato de
produtos carregados por uma única pessoa serem classificados como bagagens
pessoais e, portanto, isentas. Desse modo atravessam a fronteira inúmeros
produtos vindos da Espanha e destinados ao Marrocos onde são comercializados.
Chama a atenção o aspecto sofrido dessas pobres mulheres que se dedicam a tão
duro ofício. Curvadas e com fardos volumosos ás costas elas recebem o
equivalente a R$ 9,00 para fazer a travessia.

A vasta extensão territorial do Brasil e a enormidade das
áreas fronteiriças são um problema a ser resolvido em relação ao volume de produtos
contrabandeados. Segundo a Receita Federal o contrabando é responsável por
prejuízo de 100 bilhões de reais a cada ano. Só em 2012 o Posto de Fronteira
localizado em Foz do Iguaçu realizou apreensões que totalizaram R$ 210 milhões.
Problema sério para a economia do país.

Assunção

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Eu disse que ia a Assunção e ouvi sobre o que iria comprar lá. É isso: o Paraguai é o lugar que só funciona para os brasileiros comprarem coisas importadas a preços pra lá de razoáveis. É a pátria dos sacoleiros que vivem às turras com a Polícia Federal quando voltam carregados de muambas.

Pretendo dizer que Assunção não é bem isso. A. capital é um ótimo lugar para se dar umas voltas, colocar em dia o sempre atrasado descanso. Bons hotéis, comida excelente servida e muito bons restaurantes. O melhor da festa:preços acessíveis, partindo-se do fato de que 1 real vale 2000 guaranis.

Os paraguaios dizem que é preciso tomar cuidado com a segurança pessoal. Recomendam que não se ande pelas ruas com jóias, máquinas etc. Mas Assunção vai ter que treinar muito par se aproximar dos níveis de violência existente nas cidades brasileiras. Perto de São Paulo Assunção é o paraíso.

O motorista de táxi me disse que os bandidos não matam no Paraguai porque eles não têm armas.  Verdade ou não o fato é que pode-se andar nas ruas da cidade sem medo. Há sim aquela turma do mal como em todo lugar. Mas, é só ficar de olhos abertos.

Visita a pontos turísticos, passeio pelo centro da cidade, conhecer os bons shopings, ver o comércio da Calle Palma, tomar bons vinhos e jantar em bons restaurantes fazem de Assunção um ótimo lugar para se visitar.

O Paraguai acaba de eleger um novo presidente. Os jornais falam sobre o crescimento do contrabando e do narcotráfico. Um país como os outros,  mas com um jeitão interiorano, com muita coisa a se fazer.

Voltarei ao assunto.

Escrito por Ayrton Marcondes

19 maio, 2013 às 8:47 pm

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