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No mundo dos chefs

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Culinária é assunto para quem entende. Criado na base do arroz-feijão- bife- batata frita tenho consciência de que meu paladar não seja muito sofisticado.

Certa vez jantei num restaurante no qual militava conhecido chef. A bem da verdade não consegui sentir a magnitude daquela famosa cozinha. Para começar o estranhamento com alguns pratos, para mim intrigantes e desconhecidos. Era bom. Muito bom. Mas eu não comeria aquilo todo dia.

Noutra aconteceu-me jantar num restaurante de Montreal. Não foi pelo fato do cardápio em inglês: cada prato tinha um título que não se relacionava muito com o seu conteúdo. Em vão o garçom me explicou o significado de cada um daqueles títulos. No fim optei por uma massa que degluti com algum esforço.

Noutra, ainda, fui ao casamento do filho de um amigo. Muito ricos os pais do rapaz promoveram a festa num lugar chiquérrimo. O responsável pela comida foi um chef de renome. Acontece que a maioria dos convidados não se deu bem com a comida e de modo algum pode apreciar aquelas iguarias. Arroz, bife e batatas fazem um estrago danado na gente.

Está na moda a TV apresentar programas nos quais cozinheiros preparam pratos, ensinando os espectadores em como fazê-los. Isso sem falar em concursos nos quais os participantes preparam pratos para o julgamento de premiados chefs. São programas interessantes que nos fazem refletir sobre a beleza da grande culinária.

Mas, como em outros setores, a culinária também tem os seus grandes. Trata-se de chefs badaladíssimos, alguns deles louvados por ter implantado significativas mudanças na arte de fazer boa comida. Hoje o mundo lamenta a morte do chef francês Joël Rubuchon. Ele detinha o maior número de estrelas do “Guia Michelin”. Sob seu comando 26 restaurantes e cafés em nove países. Considerado o cozinheiro do século XX, Rubuchon renovou a cozinha francesa daí sua morte ser lamentada por chefs estrelados, em vários países.

A culinária é arte para poucos. Infelizmente o que se vê por aí são pratos elaborados sem cuidado e a preços exorbitantes. Difícil servir-se bem nesse manancial em que o lucro antecede a qualidade.

Escrito por Ayrton Marcondes

7 agosto, 2018 às 1:47 pm

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