responsabilidade sobre o desastre de Brumadinho at Blog Ayrton Marcondes

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Tragédias

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Tsunamis, erupções vulcânicas, rompimento de barragens, grandes incêndios, naufrágios, quedas de aeronaves… A fragilidade humana é o que, acima de tudo, mais se destaca por ocasião desses infaustos acontecimentos.

Ocorrido o desastre passa-se à busca de sobreviventes. Entram em ação as coberturas jornalísticas que, a cada instante, informam o crescente número de vítimas. Números esses, aliás, que nos figuram impessoais. Afinal, quem seria mesmo aquele torneiro mecânico que sucumbiu sob a lama do rompimento da barragem de Brumadinho? Quem era ele? Quem chora por este homem cuja vida se perdeu para sempre? Que tipo de justiça se fará por esse gigantesco crime cujas notícias nos abalam tanto?

Estar lá, no lugar errado, na hora errada. Há alguns parece terem atendido ao chamado da fatalidade. Não foi esse o caso da jovem médica que, de folga, foi chamada ao trabalho justamente no dia em que encontraria a morte?

A força que move e arrasta tudo o que encontra pela frente nos grandes desastres nos faz pasmos. Tudo o que o homem levou tempo para construir desaparece num segundo. A casa submersa na lama, da qual se avistam apenas restos do telhado, figura-se como testemunho da vitória do imponderável.

Mas, existem culpados. Inicia-se a caça às responsabilidades. Especialistas vêm a público para advertir sobre a possibilidade de que ao desastre de Brumadinho outros poderão seguir. Critica-se a brandura da legislação que permite tão poucos cuidados com estruturas potencialmente aptas para provocar enorme as fatalidades.

Acabam de chegar de Israel homens que vieram para ajudar na localização de sobreviventes e vítimas. Os próximos dias nada mais serão que período de informes quase sempre negativos sobre pessoas desaparecidas.

O rompimento da barragem de Brumadinho segue-se ao terrível desastre de Marina, ocorrido três anos antes. De nada adiante comentar que nada se aprendeu com o acontecimento anterior. Agora é daqui para a frente. Com responsabilidade e respeito pelas vidas humanas.