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Até depois do dia 20

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A grande atriz Maryl Streep utilizou seis minutos no palco do “Globo de Ouro” para criticar o presidente eleito Donald Trump. Não o perdoou por ter imitado um jornalista sem braço durante discurso que fez ao tempo da campanha. Como sempre Trump respondeu com os 120 caracteres do Twitter. Respondeu dizendo que a atriz não passa de uma puxa-saco de Hillary Clinton a quem ele derrotou nas eleições. Acrescentou que Streep é um das atrizes mais sobrevalorizadas de Hollywood.

Enquanto isso o sempre presente Putin se disse cansado das acusações de interferência russa nas eleições norte-americanas. E a China não aceita que Trump  tenha entrado em contato com Taiwan. Já as grandes empresas sediadas nos EUA foram ameaçadas de ter que pagar altas taxas de impostos nos produtos que produzirem no exterior.

O eixo sempre oscilante do mundo parece balançar de modo caótico à espera do início da era Trump. Nos EUA políticos se arregimentam para a oposição ao novo presidente. Os democratas não pretendem deixa-lo governar. Aliás, trata-se de retribuição ao que os republicanos fizeram em relação ao governo de Obama.

Num mundo cambaleante no qual todos os problemas parecem insolúveis por falta de entendimento a chegada de Trump é aguardada com receio. Teme-se o que o magnata poderá fazer ao interferir em delicados equilíbrios como as situações entre países do Oriente Médio. Até agora Trump não deu o menor sinal de compreender como se passa o delicado jogo internacional.

Diante de tantas incertezas e informações controvertidas resta-nos saber o que pensa o povo sobre tudo isso. Vale lembrar que, como sempre, as opiniões são mediadas pelos discursos proferidos nos noticiários. A formatação das cabeças é inevitável, infelizmente. Mas, vamos lá.

O homem que vende batatas na feira-livre sempre diz que as suas são as melhores. Segundo ele não adianta comprar o quilo a preços mais baixos. Na hora de fritar as batatas ficam moles, vergonha para as donas de casa ao servi-las a uma visita. Trump? Ora, é como batata de segunda. Não vai bem à mesa. O cara não sabe o que está falando. Se é um perigo? Ah, depende. É louco, mas não é burro. Rico como é não vai acabar com tudo pondo em risco a própria fortuna.

A moça da banca de verduras logo vai dizendo que não se interessa por política. Quem levanta às 4 da manhã não tem tempo a perder. Diz mal saber quem é esse tal de Trump. Além do que político é tudo igual. Não importa se americano, brasileiro, russo: todos da mesma laia.

O rapaz das frutas comanda meia dúzia de empregados e vive reclamando da crise. Diz ter medo de que esse Trump bote fogo no mundo. Se ele mexer com o coreano lá de cima, aquele gordinho que tem mísseis, os EUA poderão ser surpreendidos com um ataque.

O Jonas da banca de bananas ri quando se fala de Trump. Um senhora que pede uma dúzia da branca conta que reza todo dia pela paz no  mundo. O Jonas diz que Trump é assim porque não come bananas. Trouxessem o homem aqui na banca, comesse ele uma banana das boas e  tudo se acertaria. E ri.

Pois é vai-se indo. Depois do dia 20 veremos como as coisas começarão a andar. Ou não.