rapazes invadem escola em Suzano at Blog Ayrton Marcondes

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Tragédias

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O ano segue sem dar descontos. A cada tempo um grande transe. Depois de Brumadinho, após o incêndio no Ninho do Urubu, eis que ficamos à deriva diante do terrível massacre ocorrido em Suzano.

Dois rapazes, ex-alunos de uma escola estadual, armam-se e atacam. Passam pelo portão justamente na hora do lanche. Uma vez dentro, o rapaz de 17 anos saca seu revólver e começa a atirar a esmo. Suas balas têm destino certo: atingir em quem encontrar pela frente. Qualquer um.

As cenas são terríveis. Estudantes atingidos caem mortos ou feridos. É quando entre em ação o segundo membro da dupla, um rapaz de 25 anos. Armado com uma besta e machado ele passa a atingir os alunos que correm. Gritos. Desespero. Sangue. Mortes.

No fim o menor de idade assassina seu comparsa. Feito isso suicida-se. O saldo é de dez mortos e alguns feridos. Entre os feridos, hospitalizados, alguns em estado grave.

Diante da escola avoluma-se a multidão. Veículos policiais, helicópteros e ambulâncias participam do socorro. Mães desesperadas procuram pelos filhos. Desencontros. Na agonia da do momento muita gente saiu em disparada, fugindo dos assassinos.

No correr do dia o espanto. Afinal, por que? O que terá se passado nas mentes desses dois infelizes que planejaram e executaram a tragédia na qual eles mesmos perderam a vida?

Na sombra dos crimes vozes ligando-os aos videogames. Fala-se sobre esses jovens que já não brincam de soltar pipas, mas passam horas diante da telinha do computador. Jogando. Jogos violentos nos quais as personagens animadas morrem e voltam à vida. Há que se matá-los de novo. E de novo. Até mudar de fase.

Na tragédia de Suzano não existem novas fases. Quem morreu não voltará. Ficam as famílias pesarosas, sofrendo por aqueles que não verão nunca mais. Perdas irreparáveis. Definitivas.

Da louca aventura dos dois assassinos de Suzano só restarão memórias. Tristes memórias de uma manhã na qual as aulas foram substituídas pela morte.