preso chefe da Máfia dos ingressos at Blog Ayrton Marcondes

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Questão de dinheiros

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Ainda não nos livramos do assunto Copa. Alemanha campeã, Argentina derrotada, jornal Olé de Buenos Aires dizendo que os brasileiros não conhecem o significado da palavra dignidade. A ofensa se deve ao fato dos brasileiros terem torcido pela Alemanha. Mas, que fazer quando está em jogo uma rivalidade intestina entre o nosso futebol e o do país vizinho?

Não assisti à final do mundial porque não me interessava a vitória de nenhum dos times. Confesso que me incomodava mais a possível vitória da Argentina, nosso tradicional rival. Propenso a aceitar melhor a conquista alemã creio que fiquei mais ou menos satisfeito com o resultado. Mas, não deixei de me incomodar com a tristeza dos torcedores argentinos que invadiram o nosso território trazendo tantas esperanças. Imagino o que esteja sendo o retorno dos milhares de veículos à Argentina depois da derrota.

O que me incomoda na verdade são as notícias sobre os dinheiros da Copa. Em primeiro lugar a questão da máfia dos ingressos. Um amigo tentou nas madrugadas comprar ingresso para qualquer jogo no site da FIFA. Tentativas frustradas acabou indo ao Itaquerão na hora de um dos jogos, esperançoso de que alguém quisesse vender um ingresso. Encontrou cambistas que em cima da hora ofereciam ingressos a R$ 2.500,00. Voltou para casa sem assistir ao jogo, perguntando-se como aquelas pessoas que estavam dentro do estádio tinham conseguido seus ingressos.

A polícia prendeu o chefe da máfia dos ingressos que insiste em se declarar inocente. Publica-se que a quadrilha esperava lucrar 200 milhões com o negócio de ingressos durante a Copa. A ver no que essa história vai dar.

Hoje de manhã atendi a um homem que em meio à conversa se disse indignado/inconformado com a premiação dos jogadores brasileiros. Cada jogador da seleção recebeu R$ 800 mil pela sua atuação na Copa, defendendo as cores da seleção. Todo esse dinheiro como recompensa pela mais vergonhosa atuação de uma seleção nacional em toda a sua história - gritou o homem.

De fato. Tomaram dez gols em duas partidas, sete só no jogo com a Alemanha. Agora estão pegando as malas e se mandando para o exterior. Dentro das malas a módica quantia de 800 mil. O homem repetia isso, enfurecido.

A revolta do homem me fez pensar por que, afinal, não nasci bom de bola. Tá bom, não precisava nem receber os R 8 milhões que Neymar percebe por mês. Tá bom, 1 milhão já estava mais que bom. Ou os tais 800 mil. Pensado melhor deixava por 500, quem sabe até por 200.

Disse ao homem que o nosso problema é não sabermos jogar bola. Ele não gostou. Fechou a carranca, mudamos de assunto e logo ele se foi, indignado.