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Pesquisas eleitorais

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O atual governo publica série de medidas indispensáveis que deverão ser adotadas pelo novo governo, de preferência no primeiro trimestre do próximo ano. Trata-se de alerta baseado em números reais. O país está a ultrapassar o limite de tolerância em relação às contas públicas. A previsão é a de que se medidas urgentes não forem tomadas a bancarrota será certa.

Enquanto isso candidatos aos cargos eletivos se digladiam em acusações, buscando convencer o eleitorado de suas intenções de governo. Infelizmente ficam apenas no terreno das intenções. Ninguém se aventura a falar, claramente, sobre o que será necessário fazer. Há o receio do descontentamento dos eleitores diante da previsão de medidas duras a serem adotadas, porém necessárias.

Há quatro dias das eleições polariza-se a disputa de dois candidatos pela presidência da República. Nenhum dos dois parece reunir condições para despertar a confiança dos eleitores. Fala-se por aí sobre a escolha entre o ruim e o pior. Será?

A atual campanha é nascida do desespero e da desconfiança. O despreparo dos postulantes é mais que evidente. Contam eles, certamente, com seus seguidores. Mas, às vésperas do pleito, milhões de pessoas se perguntam sobre a escolha menos pior. Esse exército de indecisos poderá causar alguma surpresa quando o resultado das urnas for publicado.

Ouvi que há algo de errado num país em que as novas gerações não lograram produzir políticos de peso. Além do que a destemperança acusatória contribui, e muito, para o crescimento da desconfiança em homens públicos.

Acabo de encontrar, por acaso, com um conhecido que militou contra a ditadura. Consta que à época teria sido preso e torturado. Ele me falou sobre o medo em relação à eleição do futuro presidente. Pesa a ele o receio do retorno da ditadura. Tem como certo que a vitória do candidato do PSL representará o advento de novos tempos ditatoriais. Digo a ele que, por outro lado, o adversário mais forte está ligado ao grupo acusado pelos recentes casos de corrupção no país. Ele encerra a conversa, dizendo que votará em qualquer um que seja contrário à volta do regime ditatorial.

Eu. Ora, até agora não sei em quem vou votar.