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O Inferno do telemarketing

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Outro dia me ligou o Moacyr Franco. Adoro o Moacyr. Certa vez o vi, pessoalmente, num clube de São Sebastião. Não tive coragem para me aproximar dele. Queria perguntar sobre o Ronald Golias sobre quem me falara um ator da famosa “Família Trapo”. Desta vez Moacyr entrou em contato comigo através de uma ligação telefônica gravada. Aliás, entrou inúmeras vezes. O telefone tocava e lá vinha a voz do Moacyr. Até eu ficar com raiva dele…

A turma do telemarketing não respeita ninguém. A Editora Abril dispõe de um eficiente serviço do gênero. Não só ligam muitas vezes ao dia como nos horários mais impróprios. Ser acordado num sábado às 8 da manhã por uma moça, vendendo assinaturas é uma delícia. Ou na sexta à noite justamente quando se começa a relaxar. Ou durante todo o dia. Tantas vezes que decidimos não assinar mais as revistas da editora. E olhe que minha mulher assina algumas.

O problema é que não dá para não atender o telefone. Pode ser algum filho, um parente com problema, um amigo querendo bater um papo, um recado, um convite. Não é que o telefone é útil?

Entre outros também se destaca o cara do cemitério que sempre liga, tentando vender um lóculo, explicando que não terei problemas em caso de falecimento porque tudo já fica acertado. É tudo simples, basta morrer e enterrar. Na última vez disse a ele que na verdade já morri e estava enterrado. Atendia de dentro do meu caixão. Ele deu um tempo, mas voltou a ligar. Acho que deve ser algum adivinho, prevendo que estou no fim dos meus dias, querendo me preparar.

E os corretores de imóveis? Pelo amor de Deus, não quero comprar unidades em hotéis. Será que ninguém entende isso? Sem falar nas ofertas de carros, financiamentos a juros baixos, empréstimos pessoais vantajosos, etc.

Infelizmente, sei que não adianta reclamar. Nem pedir que, pelo amor de Deus, respeitem o meu sossego.

Aviso: está em ação um exército de vendedores que não se importam com o sossego de ninguém. O inferno do telemarketing veio para ficar.