Jorginho Guinle at Blog Ayrton Marcondes

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Playboys

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Não tenho notícias sobre a existência de grandes playboys - reconhecidos internacionalmente - hoje em dia. Vez ou outra fala-se sobre pegadores de mulheres nem sempre bem recebidos como é o estranho caso do ex-presidente do FMI Strauss Khan. Mas nem de longe ele se aproxima da imagem de um playboy.

A verdade é que um mundo sem playboys perde parte de seu encanto. Para os homens o playboy figura como representante da raça. Ele dorme com aquelas mulheres que todos anseiam ter ao seu lado ainda que só por um instante. O playboy é personagem de sonhos cujas façanhas, ficcionais ou não, empolgam. Vidas regadas a noitadas, festas intermináveis, luxo e muito, muito dinheiro. Para quem acorda no horário em que o playboy vai dormir, para aquele que começa a trabalhar nas primeiras horas da manhã o playboy pode até não passar de uma ficção, mas representa, talvez, uma vingança contra a ordem do mundo.

Para não dizer que não existem mais playboys vale citar o príncipe saudita Abdul Aziz Al Saud tido como o maior do mundo na atualidade. O cara é muito rico. Viaja num Boeing 777 com dez banheiros adaptados e no qual carrega seu Rolls-Royce branco. Suas comissárias são mulheres recrutadas nos países ocidentais e devem ficar disponíveis nas 24 horas do dia. O príncipe é famoso por suas noitadas e chega a dar gorjetas de 80 mil euros. Agora, pelo menos nas fotos não se vê no príncipe a aura de um playboy capaz de encantar as multidões.

O Brasil teve no passado os seus playboys de nível internacional. Um deles, Jorginho Guinle, foi fiel à categoria até na hora de sua morte. Guinle morou no Copacabana Palace e as mulheres acreditavam que ele fosse o dono do hotel. Herdeiro de grande fortuna Guinle dilapidou-a, tendo problemas financeiros no final de sua vida. No dia em que morreria Guinle hospedou-se numa suíte do Copacabana, pediu um jantar com comida e bebida dos sonhos e só depois disso morreu. Saiu do mundo pela porta da frente, encarando a eternidade com ironia.

Famoso e inesquecível playboy foi Porfírio Rubirosa que nasceu pobre na República Dominicana. Um conjunto de circunstâncias favoráveis fez dele o maior playboy de todos os tempos. Fazem parte da lista dele mulheres desejadas das gentes tais como Doris Duke (bilionária), Barbara Hutton (bilionária), Dolores Del Rio, Veronica Lake, condessa Nicola-Gambi, rainha Alexandra (da Iugoslávia), Zsa Zsa Gabor), Eartha Kitt, Rita Hayworth, Ava Gardner e a imperatriz Soraia do Irã. Rubirosa era conhecido por não trabalhar (recebeu fortunas nas dissoluções de seus casamento) e por possuir um pênis descrito por uma de suas mulheres como os últimos 30 cm de um taco de beisebol. Morreu aos 56 anos de idade, em Paris, num acidente automobilístico após ter passado a noite bebendo numa festa.

Como se disse, hoje em dia o mundo dos grandes playboys anda desfalcado. Eles sempre foram notícia. Baby Pignatari, playboy e industrial brasileiro, mereceu, certa vez, desfile de seus amigos defronte o hotel onde se hospedava uma atriz norte-americana por quem ele se apaixonara. Exibindo cartazes com os dizeres “GO HOME LINDA” os amigos de Baby fizeram furor, gerando notícias e comentários em toda parte. No mundo de hoje talvez as pessoas não tivessem tempo e talento para uma ação daquele naipe.