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Tempo seco

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Humidade do ar baixa em várias regiões, ar irrespirável, incêndios em toda parte, o mês do início da primavera vai em frente com tudo. E quanto às notícias boas? Dependem de quem as recebe, boas para uns, péssimas para outros.

Veja-se a política. Para a gente do PT as notícias são mais que boas porque a candidata à presidência a cada dia soma mais pontos sobre o candidato do PSDB. É preciso lembrar que, há pouco tempo, a situação estava invertida e perguntava-se se o presidente da República conseguiria transferir o seu imenso crédito popular à candidata de sua escolha. Pois conseguiu e o fez participando ativamente da campanha dela, participação essa nunca antes vista em tal proporção por meio de um primeiro mandatário da República.

Se as pesquisas estiverem corretas e nenhum fato novo e de grande dramaticidade acontecer, a sorte das próximas eleições presidenciais não só está lançada como definida. Vence o PT e, caso novos ventos não surgirem, esse partido estará à frente do governo por mais doze anos.

Ganhe quem ganhar, a verdade é que não se tem certeza alguma sobre o comportamento futuro daqueles que serão eleitos em todos os níveis hierárquicos em disputa. No caso da presidência da República isso é muito preocupante. Basófias à parte vale dizer que o presidente Lula governou numa época de especial bonança. Nada de grave aconteceu de fato durante o seu governo. Pode ele - e seu Ministério das Relações Exteriores – arriscar políticas externas sofríveis sem que isso tivesse maior repercussão dentro e fora do país. Pode ele interferir, a seu modo, sobre quase tudo sem que isso de fato ameaçasse a estabilidade democrática. Mas, pergunta-se, como teria ele agido se submetido à pressão? Durante uma ameaça de guerra, por exemplo? Na iminência de participar ou não de um conflito como, com alguma frequência, acontece aos EUA? Caso fosse dele exigido o verdadeiro perfil de estadista?

Entendidos do ofício político costumam afirmar que há homens para tempo de paz e outros para tempos de guerra. Em outras palavras, existem dirigentes para tempos de bonança e outros para tempos ruins e traumáticos. Nos EUA o falecido senador Ted Kenedy era tido como excelente parlamentar, mas duvidava-se dele para o cargo de presidente dado que o julgavam fraco para o nível de pressão inerente ao cargo.

Felizmente o Brasil passa bem, viaja em céu de brigadeiro. Não é o caso de se dizer que basta ligar o piloto automático, mas é quase isso. Mas, como se comportaria a classe política que aí está caso graves acontecimentos acontecessem? Meu caro, o melhor é nem perguntar. Somos o país do carnaval e no carnaval viveremos, assim decretaram os deuses. Acredite!