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O paroxismo da barbárie

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São imagens estarrecedoras. Jihadistas do Estado Islâmico (EI) invadiram o Museu da Civilização Mossul, no Iraque. Munidos de marretas e talhadeiras destruíram, em poucos minutos, obras milenares assírias datadas dos séculos VIII e VII AC. A razão? Destruía-se porque os povos antigos adoravam ídolos ao invés de Alá. Essa interpretação radical do Islã permitiu aos invasores destruir obras de valor cultural e monetário inestimável, fato classificado como “intolerável” pelos especialistas.

Vale repetir: são imagens estarrecedoras. O vídeo de 5 minutos mostra a ação de bárbaros para quem o passado e as obras deixadas por povos ancestrais, documentos da cultura daqueles povos, não têm qualquer valor. Agem como funcionários de uma demolidora que se aplicam em derrubar paredes de prédios velhos. Há um momento em que um jihadistas destrói, sem amor nem piedade, uma maravilhosa obra presa à parede. Ele a arrebenta a marretadas, enterrando num segundo o trabalho realizado por mãos há muito desaparecidas. A cena mostra o homem no exercício do que tem de mais animalesco e insensato.

O EI é um movimento dissidente da Al Qaeda e atua no Iraque, na Líbia e na Síria. Governa-se a partir da sharia que é o código islâmico interpretado de maneira radical. Notabiliza-se por assassinatos em massa e mesmo contra cidadãos e reféns considerados inimigos do regime. Aliás, os brutais assassinatos de reféns, filmados e divulgados na mídia, constituem-se em mostras do que representa a ideologia e ação do EI.

O EI é ameaça a países europeus devido ao recrutamento de cidadãos no continente. Um dos executores de reféns foi recentemente reconhecido. Trata-se de um rapaz de menos de 30 anos que vivia em Londres, onde estudou.

Hoje em dia EI, Al Qaeda, Boko Haram e Taliban são movimentos extremamente ativos. Recrutando ocidentais, treinando militarmente crianças e espalhando terror no qual seus membros não se importam em perder a própria vida os grupos extremistas constituem-se em ameaças ao mundo civilizado contra os quais nenhum tipo de reação até agora revelou-se efetivo.