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Você vai ser multado

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Se você não está satisfeito com as multas aplicadas no trânsito prepare-se: o Conselho Nacional de Trânsito (Contram) revogou a obrigatoriedade de colocação de avisos sobre a existência de radares. Sabe aquela coisa de ver uma placa avisando que logo mais à frente existe um radar e diminuir a velocidade para não ser multado? Pois essa mamata já era.

O ato do Contram justifica-se pelo fato de que de nada adianta um radar que leva o motorista a reduzir a velocidade só para não vir a ser multado.  O certo é trafegar na velocidade permitida, pois, assim, evitam-se tantos acidentes nos quais em geral o alcoolismo está envolvido. Excesso de velocidade e álcool são ingredientes responsáveis por inúmeras mortes no trânsito, quanto a isso não há o que se discutir.

Entretanto, o fato é que as estradas e mesmo vias expressas de cidades são muito mal sinalizadas. Acontece, então, que torna-se difícil aos condutores de veículos saber qual é a velocidade máxima permitida num grande número de trajetos. Você, que está lendo este texto, certamente é capaz de citar muitos trechos de vias ou estradas nos quais é impossível saber-se a velocidade permitida. A sinalização deixa a desejar ou é mesmo péssima e ausente. E não se deve esquecer que a medida do Contram , queira-se ou não, favorece a tal indústria de multas de que tanto se fala.

Hoje mesmo foram publicados dados que nos dão conta da redução do número de mortes no trânsito após a aplicação da Lei Seca. Outros dados revelam que neste natal morreram menos pessoas em acidentes que no natal do ano passado. Boas notícias. Mas será mesmo que a colocação de radares em locais não avisados contribuirá para a redução do número de acidentes? Ou será mais uma dessas medidas que só prejudicam os cidadãos sem maiores resultados práticos?

Só com o passar do tempo teremos respostas corretas para as perguntas acima. O que se sabe é que de fato são necessárias medidas que reduzam o número de acidentes e preservem vidas. Entretanto, no que pouco ou nada se fala é na educação para o trânsito, essa sim medida a ser adotada desde os bancos escolares para a formação de uma consciência coletiva sobre o assunto. Enquanto ficar-se com a aplicação de medidas de caráter punitivo o problema poderá ser minorado, mas não na proporção desejada. A cada dia mais veículos chegam às ruas e o trânsito é um imbróglio de difícil solução. Educação para o trânsito, educação em todas as áreas, é dela que o país precisa.

O perigo do trânsito

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Hoje em dia ninguém sai de carro por aí com a certeza de que nada lhe acontecerá. De um simples esbarrão a acidente mais grave, até com perda de vidas, tudo pode acontecer. A loucura no trânsito é generalizada: todo mundo precisa chegar o mais rápido possível a lugar de interesse de cada pessoa e as rotas de ir e vir convergem de tal modo que muitas ruas ficam paralisadas com filas intermináveis de carros.

Mas, o trânsito tornou-se problema desde quando? Há quem diga que desde o momento em que as pessoas precisaram e puderam utilizar veículos como meio de transporte. De ruas lamacentas e com menos veículos à situação que hoje presenciamos o problema que tem atravessado décadas não sendo possível encontrar-se solução a contento.

O fato é que as estatísticas relacionadas a acidentes de trânsito são impressionantes, senão aterradoras. Mortes e mais mortes acontecem diariamente. Segundo dados do Ministério da Saúde em 2010 ocorreram 40.610 mortes provocadas por acidentes de trânsito no país, média de 111 por dia. Esses números de fato impressionantes representam um acréscimo de 8% em relação ao número de mortes pela mesma causa ocorridos durante o ano de 2009.

Embora a fiscalização seja importante a verdade é que nenhuma nova lei proposta nos últimos tempos mostrou-se efetiva para reduzir o número de acidentes e mortes. Veja-se, por exemplo, no que se transformou a questão da pontuação dada às carteiras de habilitação em função de infrações do código de trânsito. A somatória de multas transformou-se numa muito rentável forma de arrecadação para empresas concessionárias e municípios e nada mais que isso.

Problema grave o trânsito gera medidas que procuram regulamentar a direção de veículos. Uma delas é a chamada “Lei Seca” que vem sendo tratada como espécie de balela dado que, pela Constituição do país, ninguém é obrigado a criar provas contra si mesmo. Entretanto, nos últimos tempos o número de mortes por atropelamento tem crescido muito. Quase que diariamente circulam notícias sobre acidentes horríveis nos quais os motoristas envolvidos estão alcoolizados e figuram pedestres como vítimas fatais. Decorre da pressão em torno desses acontecimentos uma revitalização de blitz em busca de motoristas alcoolizados. Não é possível saber a eficiência geral dessa medida, mas, em todo caso, algo precisa ser feito.

A questão do trânsito é desafio que precisa ser domado e vencido pelas autoridades. A grande produção de veículos pela indústria e as facilidades para compra a prazo têm trazido para as ruas um enorme contingente de veículos. Já não se dispõe de lugares fáceis para estacionar e o trânsito piora muito nas horas de pico, mesmo em cidades menores.

É importante sempre se manter em perspectiva a contribuição da educação básica para minorar o problema do trânsito. Educação alia-se à responsabilidade individual, ao cumprimento dos deveres do cidadão. Daí campanhas educacionais relacionadas ao trânsito serem sempre benvindas e muito necessárias. A conscientização de crianças, ainda nos bancos escolares, em relação ao trânsito seguramente terá frutos quando esses menores se tornarem motoristas. Quem sabe, então, deixaremos de assistir a tantas mortes de jovens colhidos de surpresa durante investidas em alta velocidade nas ruas de nossas cidades.