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Dia dos namorados

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Por toda parte pessoas falavam sobre o amor. Neste Dia dos Namorados vi pessoas que se procuravam. Mesmo os solitários decidiram-se a sair às ruas em busca de alguém. Mais que nunca valorizou-se mais que amizade, mais que solidariedade: queria-se amor, proximidade.

Nas ruas, nas lojas pessoas corriam em busca de algo que agradasse ao ser amado. Casais em crise muniram-se de boa vontade. Fiéis oraram em nome do amor. No claustro freiras penitentes ajoelharam-se diante do crucificado e juraram a Ele amor eterno. Soube-se que até nos cemitérios pares desaparecidos falaram-se debaixo da terra, renovando juras de amor. Um coveiro relatou ter ouvido vozes ao passar por tumbas onde repousam casais.

O frenesi do amor tomou e uniu os corações. Criminosos refletiram sobre seus crimes e muitos decidiram abandonar a senda de roubos e assassinatos. No Or. iente tropas em comate decidiram fizeram trégua e soldados correram às suas casas. Durante concerto, famoso pianista surpreendeu o público ao tocar trechos de músicas românticas nos intervalos de interpretação de árias. Um rapaz aleijado percorreu em na cadeira de rodas rua muito íngreme para deixacadeiras na porta de moça a quem sempre amou.

Uma senhora de 80 anos abriu a garrafa de champanhe preferida de seu falecido marido, serviu o conteúdo para dois e deixou-se levar pelas boas lembranças do passado. Um rapazinho finalmente encorajou-se e declarou amor à coleguinha de escola.

No Dia dos Namorados a Lua parou no céu iluminando casais. Dizem que Santo Antônio sorriu e abençoou a moça que orava em seu nome, pedindo a ele por um namorado.

Foi um dia de festa no qual celebrou-se o amor. Nesse dia os seres humanos lembraram-se que eram humanos e houve amor. E paz.

Escrito por Ayrton Marcondes

13 junho, 2015 às 7:10 pm

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Dia dos namorados

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Encontro o meu vizinho na garagem e o ajudo a entrar no elevador.  É um rapaz de cerca de 30 anos idade e traz um vaso de orquídeas e uma sacola de presente para a mulher. Daqui a pouco será iniciada a noite dos namorados na qual os casais se amarão e presentearão.

Confesso que em emocionei ao ver esse rapaz pleno de força e felicidade, chegando a casa para dar à mulher que ama os presentes que escolheu. Então me pareceu que a vida é uma continuidade que jamais termina porque elos de costumes unem pessoas e fazem a história das gerações. O ser humano tantas vezes desumano e violento é, na verdade, um ser criado para o amor do qual eventualmente afasta premido pelas injunções da vida.

Conversamos, eu e ele, até chegarmos ao nosso andar. Pude vê-lo no momento em que abriu a porta e foi recebido com um largo sorriso pela moça que é a mulher dele. Nesse momento todas as notícias ruins, os desastres da vida, as guerras, as mutilações, as perseguições e todo o mal me pareceram pequenos, muito pequenos. Reinava ali, entre aquele casal, um símbolo de fraternidade e amor que a tudo resiste e nos faz humanos, ainda que por breves instantes.

O dia dos namorados e a Copa

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Provavelmente não exista situação mais esclarecedora das diferenças entre os gostos de homens e mulheres que o período de realização da Copa do Mundo. Ninguém é louco de dizer que mulheres não gostam de futebol, mas o interesse da maioria delas está longe do dos homens. Quem discorda que acompanhe a rotina nas casas brasileiras neste fim de semana em que se realizam vários jogos pela Copa do Mundo. Agora olhem para a lente da verdade e respondam: quem são os loucos que acordaram cedo, num sábado muito frio, para assistir ao terrível embate entre as seleções da Coréia do Sul e a da Grécia?

Pois é. Mas, para dar força à argumentação, pelo amor de Deus imaginem que hoje, dia dos namorados, o Brasil tivesse um jogo contra a Argentina, pela Copa do Mundo, justamente às 21h30. Como ficaria a situação dos casais, o movimento dos restaurantes, as baladas, os encontros marcados e tudo o mais? Já pensaram em quantas relações desfeitas poderia resultar um joguinho desses, bem nesta noite, contra os hermanos?

Há quem discorde, há quem discorde. Existe a turma do deixa disso para quem o brasileiro é um tipo inventivo e ajeitaria as coisas. Mas um joguinho desses, Brasil X Argentina, justamente na noite do dia dos namorados, convenhamos que fica difícil, muito difícil.

Por essas e outras devemos muito comemorar esta noite do dia dos namorados. Rapazes, vocês estão livres de qualquer pressão, não serão obrigados a fingir que o jogo é secundário, que em nenhuma hipótese vocês dividiriam a atenção para com as pessoas amadas, ainda mais por uma besteira como um jogo de futebol. Nem precisarão estar em algum lugar com elas, olhando para todo lado atrás de uma telinha com a transmissão do jogo. Portanto, comemorem porque o mundo é bom, a justiça existe e cada coisa tem a sua hora e está em seu lugar.

E não se esqueçam de amanhã de manhã, exatamente às 8h30, de perguntar a elas - caso estejam acordadas - se não querem ficar aos seus lados assistindo ao grande jogo entre a Argélia e a Eslovênia.

Perguntem. Será uma grande demonstração de amor se elas toparem.

Escrito por Ayrton Marcondes

12 junho, 2010 às 8:57 pm

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Abaixo o Telemarketing

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Pois é, ninguém está a salvo. De quê? Ora, do telemarketing. Mas não é verdade que agora o cidadão pode se cadastrar e impedir as ligações de venda de produtos? É sim, mas como se faz isso mesmo?

Há vários problemas com o telemarketing. Para mim, o pior deles é a hora das ligações. Você pode receber uma ligação a qualquer momento, às vezes em ocasiões muito impróprias. Exemplo: dia dos namorados, você está com sua mulher num ótimo restaurante, arranjou mesa num canto aconchegante, acertou na escolha do vinho e o pianista simplesmente é o cara, demais mesmo. Ele está arrepiando num tango de Piazzola e aí…  aí o celular toca. Você mete a mão no bolso, rosnando porque se esqueceu de desligar o maldito, pensa em não atender, mas pode ser importante. Quando atende, a mocinha de uma companhia de telefones diz o seu nome e começa a oferecer novos serviços que farão de você um usuário mais feliz.

Não adianta ser mal educado, quebrar o telefone etc. Nada do que possa fazer restitui o momento em que você temporariamente alienou-se do mundo, deixando-se levar em embalos de puro prazer. A interferência mudou o canal das suas impressões, devolveu os seus pés ao chão. O vinho já não tem o mesmo paladar, a música parece distante e sua mulher vai precisar fazer o máximo para que você recupere o seu bom humor.

Tudo isso por causa de uns “rings”, da moça que ganha o seu sustento ligando para os outros na hora errada, da briga intestina entre as companhias telefônicas que querem a todo custo seduzi-lo com seus serviços.

Por isso, atenção: não quero torpedos, bazucadas ou o que seja, nem WAP, nem internet pelo telefone. Sou contra ouvir MP3 pelo telefone, não tenho interesse em enviar fotos. O que quero é o meu telefone para fazer as minhas ligações e receber outras de pessoas que realmente precisam falar comigo. E, antes que me esqueça, abaixo o telemarketing.

Escrito por Ayrton Marcondes

13 junho, 2009 às 4:33 pm

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