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O ambiente

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Nos anos 70 do século passado pouco se falava sobre preservação do ambiente. Nas escolas o curso de Biologia era mais focado nas subdivisões padronizadas: citologia, genética, zoologia e botânica. Assuntos relacionados ao ambiente eram englobados em aulas de zoologia e botânica.

É preciso lembrar de que, então, não existia a internet. As publicações de que dispunham os estudantes eram obras traduzidas do inglês e francês, algumas do espanhol. Livro importante e utilizado principalmente nos cursos superiores da área era o “Ecologia”, do Eugene Odum, traduzido para o português na década de 70. Entenda-se: não é que não se soubesse - e falasse - sobre chuvas ácidas, aquecimento global etc. Mas, as ameaças ao ambiente não eram tratadas com a ênfase de hoje. Pudera. O mundo era o mesmo em que vivemos atualmente, mas a população bem menor e a devastação ambiental não tão visível a ponto chamar a atenção popular. Alertas quanto ao perigo no futuro apareciam, mas não sugerindo crises imediatas. Enfim, a Terra deveria ser preservada, mas a conscientização em torno da necessidade de salvar o planeta não era, ainda, de domínio público. Hoje em dia fala-se o tempo todo sobre o ambiente e governos brigam entre si quanto à responsabilidade pela devastação ambiental e suas consequências. Cada um busca isentar-se na medida do possível, em geral atribuindo a outrem a culpa pelas mudanças ambientais.

De modo que a ecologia e o ambiente passaram a ser assunto do café da manhã em todas as mesas. Os noticiários dos meios de comunicação diariamente tratam do assunto. Notícias sobre mudanças ambientais correm o mundo e preocupam as populações. As muito altas temperaturas observadas no recente verão europeu inquietam. As queimadas que resultam em devastações florestais chegam ao primeiro plano das discussões entre países, envolvendo até mesmo a possiblidade de quebras de acordos comerciais. Nas ruas passam a ser comuns protestos contra a devastação ambiental. Acordos relacionados ao clima não contam com a adesão de algumas potências mundiais. Em meio a tudo isso encontra-se quem duvide de que o ambiente corra perigo, ignorando-se alertas e dados científicos publicados por organizações respeitáveis.

É nesse contexto que surge o problema da Amazônia. No momento a grande floresta arde em chamas por incêndios que se investiga serem de natureza criminosa. A Amazônia em perigo gera revolta e protestos em todo o mundo. O Brasil, país que abriga em seu território a grande floresta, passa a ser acusado por não a preservar. Chefes de governo das mais ricas nações do mundo reúnem-se. Na pauta o assunto: queimadas na Amazônia. A par da justificada preocupação com o ambiente o oportunismo de alguns governantes que acusam o Brasil, mais focados em outros interesses de seus países.

Muita gente protesta, muita gente diz besteiras. Pessoas de renome publicam suas opiniões, usando erros como o de atribuir à Amazônia a função de “pulmão do mundo”.

No Brasil o presidente da República esmera-se em fornecer farto material ao estrangeiro, infelizmente utilizado para denegrir o país que governa. Faz isso através de declarações impensadas e nem sempre corretas.

Mas, a Amazônia é importante. Muito importante. Para além das opiniões há que se preservá-la. É nisso que os esforços devem ser concentrados.