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Matança de animais

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Na Austrália o governo permite aumento do número de cangurus a serem abatidos. Com a seca os cangurus têm aparecido até mesmo em cidades em busca de alimentos. Grande número de acidentes com cangurus tem acontecido. Espera-se grande aumento no número desses casos até o final do ano.

No Pantanal um frigorífico tem capacidade para matar até 600 jacarés por dia. A carne desses animais é comercializada. Importante lembrar de que os jacarés são predadores de piranhas. As populações desses peixes aumentam com a redução do número de seus predadores.

Na Indonésia uma população enfurecida matou 300 crocodilos. A revolta se deu depois que um crocodilo matou um homem de 48 anos. A fotografia dos crocodilos abatidos circula na internet.

Entre nós vigora a discussão sobre o terrível javaporco. Trata-se de um animal descendente do cruzamento entre javalis e porcos. Considerado uma praga para a agricultura o javaporco é temido pela sua velocidade de reprodução, agressividade e tamanho. Devido a publicação de fotos de javalis sendo mortos o governo de São Paulo proibiu a caça aos javalis e javaporcos em todo o estado. A medida não foi bem recebida pelos agricultores que advertem sobre a possibilidade de extinção de áreas de agricultura pelo ataque e voracidade desses animais.

Os javaporcos foram introduzidos no continente por uruguaios e argentinos visando a produção de carne. A introdução revelou-se um desastre dada a ausência de predadores para esses animais. Além do que a carne de javaporcos revelou-se pouco apetitosa. No mais esses animais devoram o que encontram pela frente e suas fêmeas dão à luz cerca de 15 filhotes após gestação de apenas 110 dias.

Como atestam vários registros em todo o mundo a introdução de espécies em ecossistemas aos quais não pertencem costuma ser prejudicial. Caso clássico é o da introdução de coelhos - Oryctolagus cuniculus -, oriundos da Península Itálica, na França e na Inglaterra onde se tornaram pragas para a lavoura. No Brasil o mexilhão dourado, oriundo da Ásia, infestou rios e lagos da região Sul e do Pantanal. Capaz de entupir tubulações, provocar contaminações e interferir nas cadeias alimentares o mexilhão coloca em risco espécies nativas e o sistema elétrico do país.