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Serial killers

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Serial killer é coisa de americanos. Lá vira e mexe alguém entra numa escola, armado até os dentes, e sai atirando. Fazendo vítimas. Como nos filmes. Aliás, o cinema gosta de filmes sobre serial killers. Além do que nos EUA qualquer pessoa pode comprar uma arma. Depois é só sair matando.

Aqui no Brasil quando aparece um serial killer a notícia das mortes provocadas por ele causa estranheza. Por que um sujeito se dedica a matar pessoas desconhecidas que encontra ao acaso? No EUA talvez estejam habituados a assassinatos em sequência, se é que é possível acostumar-se a isso. Semana passada mesmo um rapaz entrou no refeitório da escola onde estudava e matou três colegas. Os que conheciam o rapaz disseram não entender a ação dele dado que nunca dera sinais de anormalidade ou coisa parecida. Mas, depois de matar os colegas o rapaz se matou, levando para o túmulo as razões de seu ato.

Psiquiatras que entendem do assunto afirmam que serial killers são pessoas anormais para as quais não existe tratamento efetivo, nem cura. O sujeito nasce serial killer. Comporta-se bem em sociedade, mas alguma coisa, de repente, o leva a matar. Seria uma espécie de gatilho que aciona o serial killer. Depois de matar um ele passa a matar em série. Mata porque mata, sem razão. Não tem remorso, não se arrepende. Contabiliza o número de mortes como feito pessoal. É o que dizem os entendidos.

Há muitos anos cuidei dei um paciente internado em hospital. Era um recluso do manicômio judiciário e estava em coma. Mantinham-no com os braços amarrados à maca. Ficava sozinho em um quarto em cuja porta montavam guarda dois policiais. Dentro do quarto outro policial, sempre atento. Como o coma era profundo certo dia eu disse ao policial de plantão que todo aquele cuidado era desnecessário. O policial sorriu e respondeu que eu não sabia com quem estava lidando. Aquele homem, o paciente, era um sujeito perigosíssimo a quem não era nem mesmo permitida a aproximação com outros seres humanos. De um momento para outro poderia se levantar e caso eu estivesse perto me mataria. No fim o recluso não chegou a sair do coma e faleceu.

O assunto do momento é um tal de Rocha, serial killer que matou 39 pessoas. Esse Rocha agia em Goiânia onde a polícia vivia às voltas com assassinatos sem explicação. As vítimas do serial killer de Goiânia eram escolhidas ao acaso. Uma moça que esperava no ponto de ônibus foi morta por um sujeito vestido de negro que circulava numa moto. Depois se descobriu que o assassino era o Rocha. Entretanto, o serial killer de Goiânia levava vida aparentemente normal. Trabalhava como segurança numa empresa e a prisão dele surpreendeu os colegas de serviço que o tinham por bom camarada, embora muito quieto. Nos interrogatórios Rocha confessou os crimes sem jamais demonstrar qualquer arrependimento.

Parece não haver nada que se possa fazer em relação a serial killers exceto mantê-los retidos. Não há recuperação nesses casos. Devolvê-los às ruas significa colocá-los em posição de continuar a rotina de assassinatos.