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Civilizações desaparecidas

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Estranho o olhar sobre civilizações desaparecidas. Não se trata impunemente o contato com ruinas de cidades antigas. A ausência de vida num lugar onde floresceu uma civilização evidencia o contraste entre a sensação de eternidade e a precariedade da existência. Você consegue imaginar que a cidade onde mora, a sua rua e sua própria casa possam ter-se transformado, daqui a mil anos, num monte de ruínas totalmente desabitadas? O mundo em que vivemos, a nossa civilização, tudo aquilo em que acreditamos, absolutamente tudo, para sempre acabado?

Há alguns anos estive em Chichén-Itzá, na península de Yucatan, México. Não pude evitar a profunda estranheza provocada pelo lugar em meu espírito. Naquela cidade antiga floresceu entre 250 e 900 anos d.C. uma civilização maia que desapareceu. Até hoje se discutem as razões da destruição dos maias que talvez tenha ocorrido em função de vários fatores, destacando-se a seca, doenças, invasões etc. Mas, os maias deixaram em Chichén-Itzá sinais de uma avançada civilização. Não pude evitar o espanto causado durante a visita ao centro de astronomia através do qual os maias observavam os céus. Eles tinham escrita e calendários elaborados com precisão. Construíram pirâmides e mesmo um estádio para esportes. Enfim, ali viveu um povo culturalmente avançado que simplesmente desapareceu.

A ideia de um mundo finito no qual deixaremos de existir, a possibilidade de que depois de um tempo uma civilização futura encontre sinais de nossa passada existência realmente incomoda. Quer dizer que toda essa loucura à qual nos entregamos diariamente na vida em sociedade, os valores que professamos e as nossas realizações podem desaparecer. Imagino povos do futuro excursionando em ruínas do mundo no qual vivemos tal como fazemos hoje em dia em Chichén-Itzá e outros lugares.

Agora arqueólogos acabam de divulgar a notícia de que encontraram duas cidades maias nas selvas do sudeste mexicano. Nas duas cidades os cientistas acharam prédios que podem ter sido palácios, pirâmides - uma delas com 20 metros de altura - e praças. Estima-se que o auge das cidades tenha ocorrido entre 600 e 1000 anos d.C.

Sempre penso sobre a existência pregressa de civilizações tão avançadas quanto a nossa, extintas a milhares de anos. Movimentos geológicos  e camadas sucessivas de terra poderiam ter soterrado ruinas de modo que nunca encontramos sinais da existência delas. Dirão que não existe a possibilidade de que tal tenha acontecido. Entretanto, considerando-se o tempo de existência do planeta contado em bilhões de anos sabe-se lá o que teria realmente acontecido a 4 bilhões de anos, por exemplo. Lendas como a da existência da Atlântida poderiam ser verdadeiras? Segundo Platão (428-347 a.C) a Atlântida foi destruída por um acidente natural 9000 anos antes do tempo em que ele viveu.

Há um programa de TV no qual se destaca o fato de que civilizações antigas poderiam ter sido ajudadas por extraterrestres que forneceram a elas recursos aos quais de modo algum teriam acesso. A demonstração de obras consideradas impossíveis de serem realizadas em épocas pregressas e outros sinais é tomada como prova da passagem de extraterrestres pelo nosso planeta.

Será?