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Pena de morte

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O brasileiro preso na Indonésia e condenado à morte ainda não foi executado. Hoje se noticia que o fuzilamento dele foi adiado. Está preso e condenado por tráfico de drogas: tentou entrar no país, em 2003, com um pacote de cocaína.

A única esperança do brasileiro é uma interferência direta da presidente Dilma Roussef junto ao governo da Indonésia. Ele tem insistido nisso, mas, até agora a presidente não se manifestou.

Imagine você se a lei brasileira previsse fuzilamentos de traficantes de drogas. Teríamos fuzilamentos quase que diários aqui. Resolveria? Os entendidos dizem que não. Pena de morte, segundo estatísticas obtidas em países que a adotam, não resolve a criminalidade. Mas, será mesmo que o medo de vir a ser executado não influiria na consciência dos criminosos? Pergunta difícil. Entretanto, o que se vê por aí é que criminosos agem como máquinas sem passado e sem futuro. Eles agem e pronto. Participam rotineiramente de situações extremamente perigosas nas quais sempre há o perigo de que não sobrevivam. Mas, não parecem preocupados com isso. A vida é mercadoria sem valor para os criminosos daí matarem por matar.

A impressão de vir a ser fuzilado é, contudo, terrível. O brasileiro condenado na Indonésia sabe que, mais dia, menos dia, poderá ser retirado de sua cela e conduzido a um local onde soldados armados o esperam. Inimaginável a agonia desses últimos momentos, dos passos que conduzem ao fim, ao que não se sabe como realmente termina.

Semana passada divulgaram-se fotos de enforcamentos no Irã. Uma multidão reunia-se frente a guindastes improvisados como forcas. Mostravam-se nas fotos os condenados seguindo em direção à morte e, depois, pendurados pelo pescoço e já mortos. Um rapaz filmava os últimos momentos dos condenados. Alguém comentou que no momento em que os corpos eram lançados no ar observavam-se rápidos tremores que logo paravam. Simples assim.

A pena de morte não é o meio mais eficaz de punir pessoas por mais que a sociedade deseje se livrar delas para sempre.