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A beleza das mulheres

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Atriz muito conhecida, durante entrevista perguntou-se: quanto tempo ainda tenho? Não se referia ela à duração da vida; perguntava-se sobre a perenidade de sua beleza. Até quando ao entrar em algum lugar reparariam nela? Até quando despertaria atenção graças aos seus atributos físicos?

Ouvi de uma mulher que o rito de passagem para a velhice é mais difícil para a mulher. Segundo ela trata-se de mudança de estágio, de patamar. A aceitação do envelhecimento não seria coisa pacífica, principalmente quando a mulher é bonita, atraente etc.

Dirão que existem coisas mais importantes na vida; que o envelhecimento é fato previsto do qual ninguém escapa; que mesmo as mais belas mulheres devem valorizar seus intelectos não se atendo apenas ao aspecto físico. E assim por diante.

Sinceramente, não sei bem o que dizer. Mas, não deixo de dar alguma razão à atriz. É ela mulher de rara beleza que agora começa a envelhecer. Admirada, conhecida por suas posições firmes, intelectualmente muito dotada, realizadora, enfim vencedora. De modo algum parece ser alguém preocupada com a velhice, entretanto talvez a ela pese o desconforto da comprometimento progressivo da beleza. Ao bela face que encontra diariamente no espelho vai mudando devagar, mas mudando.

Há quem diga que homens têm de fato alguma vantagem nisso. Será? Volto ao caso do homem que embarcou num cruzeiro marítimo e logo recebeu o telefonema de uma bela mulher conhecida dele. Estava ela sozinha e ele também. O homem animou-se pela sorte de se dar bem e logo no primeiro dia. Marcaram encontro no jantar, ambos felizes.

Relata o homem ter recebido em sua mesa uma senhora, bastante envelhecida. Guardara dela memória de outros tempos. Esquecera-se dos anos passados daí a fuga da aventura imaginada.

Li de uma articulista que ela tem vontade de xingar pessoas que falam bem do envelhecimento, na opinião dela uma droga. Cada pessoa convive a seu modo com o tempo que passa. Para mim a velhice não chega a ser um fardo, embora vez ou outra pese dada a mesmice da qual não se pode fugir.