avião cai entre Paris e o Cairo at Blog Ayrton Marcondes

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Acidentes aéreos

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Não adianta dizerem que o transporte aéreo é o mais seguro que existe. Morre-se mais no trânsito que é muito mais perigoso. Todas essas afirmações tornam-se nulas quando você está sentadinho na poltrona X, de banco reclinável, e sente algum tipo de abalo na aeronave. Turbulência né? Que bom, turbulências não derrubam aviões. O que faz avião cair é falha de piloto, pane de motor, ataque terrorista etc. Não teve o caso daquele sujeito que se trancou na cabine de pilotagem e arremessou o jato numa montanha? O cara queria se matar, mas não queria morrer sozinho. Desses que tem na cabeça a ideia de levar muita gente com ele. Então, concordem: tudo pode acontecer.

Os acidentes de trânsito têm a “vantagem” de ocorrerem aqui embaixo. Pisar sobre a terra garante alguma segurança. Os aéreos começam acima das nuvens, mais de 8 mil metros distantes de nosso amado solo. Esse detalhe gera a incerteza, daí existirem pessoas que não entram em avião de jeito nenhum. Nem que mate. Um grande time de São Paulo teve em suas fileiras um meia armador dos bons cuja carreira foi prejudicada porque ele não viajava em avião de jeito nenhum. O time deslocava-se por via aérea, o jogador enfrentava longos trajetos de buzum.

Notícias sobre acidentes aéreos impressionam.  A cada vez que um avião cai vem a impressão sobre como teriam sido os últimos instantes dos passageiros. Os segundos finais de puro desespero diante do inacreditável fim, como teriam sido? Ninguém quer pensar nisso, mas se eu estivesse numa aeronave, sabendo-a em rota de colisão? Caramba!

Ontem um avião decolou do aeroporto Charles de Gaule, Paris, em direção ao Cairo. A bordo 66 pessoas entre passageiros e tripulantes. A aeronave desapareceu no momento em que sobrevoava o mar Mediterrâneo. Até agora não se sabe o que aconteceu, mas coloca-se como causa possível um atentado terrorista. De todo modo os terroristas do Estado Islâmico (EI) podem bem ter sido os autores do atentado. Recorde-se que no final do ano passado um avião russo explodiu, matando 224 pessoas. O EI assumiu a autoria do atentado. Até agora organizações terroristas não assumiram a culpa pelo acidente de ontem.

Há credos religiosos que ligam o modo da morte às ações e obras realizadas em vida. No espiritismo acredita-se que cada pessoa teria sua morte em acordo com suas necessidades de redenção. Entretanto, a morte de 200 pessoas num acidente aéreo as iguala na circunstância de um mesmo fim comum. É inimaginável que os passageiros de um avião acidentado tenham sio “escolhidos” para estarem ali, merecendo o mesmo tipo de morte dadas as semelhanças de suas necessidades de redenção no post-mortem. Mas, segundo a doutrina espírita as coisas não passam desse modo. Embora a circunstância do desastre seja a mesma, para cada um está reservada uma morte diferente e específica. Aliás, segundo o espiritismo, esse princípio é válido para qualquer tipo de morte.

Há ocasiões em que viajamos em aviões com aspecto envelhecido o que nos causa temor. Numa viagem entre Atlanta e Los Angeles, realizada há muitos anos, cheguei a encomendar minha alma porque aquele avião balançava e não paravam os ruídos de coisas batendo umas contra as outras. Mas chegamos bem, não morri como prova a minha presença aqui.