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Presidentes

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O presidente dos EUA é o homem mais poderoso do mundo, não importa quem seja ele. Ainda assim corre riscos tal como outros mortais. Abraham Lincoln foi assassinado num teatro por um dos atores da peça a que assistia. Na noite de 15 de abril de 1985 John Wilkes Booth baleou a cabeça do presidente que se destacara por alcançar a abolição dos escravos em terras norte-americanas.

John Kennedy foi assassinado, em Dallas, em 22 de novembro de 1963. Seguia em carro aberto, ao lado de sua mulher, quando recebeu o tiro que tirou sua vida. Richard Nixon renunciou em 1974 em consequência do escândalo de Watergate.

No Brasil a República, proclamada em 1889, deu início à uma série de presidentes. Deodoro da Fonseca, o primeiro, governou até 1891 quando foi substituído por Floriano Peixoto. De lá para cá o cargo, como não poderia deixar de ser, foi ocupado por pessoas de variadas inclinações políticas, sociais e econômicas. Algumas dessas pessoas foram amadas polo povo, outras até odiadas. Getúlio Vargas tornou-se um ícone da classe trabalhadora, embora ditador na maior parte do tempo em que esteve no poder. Juscelino Kubistchek ousou deslocar a sede do governo para o Planalto Central e passou à história como o construtor de Brasília. Jânio Quadros renunciou ao cargo, traindo a confiança de milhões de brasileiros e lançando o país em interminável crise. Jango foi apeado do poder no golpe de 1964. Os ditadores militares só devolveram a democracia ao país em 1985.

Fernando Collor, eleito em 1990, renunciou em 1992. Fernando Henrique, sociólogo, esteve no poder por oito anos. Lula, metalúrgico, também governou por oito anos.

Costuma-se contar a história através da divisão em períodos presidenciais. Sob o comando deste ou daquele presidente tais e tais acontecimentos ocorreram. O futuro se encarrega de estabelecer julízos sobre a atuação de cada presidente nos períodos em que estiveram à frente do país.

Embora não exista novidade em nada do que foi escrito neste texto o fato é que nunca é demais nos remetermos ao passado no sentido de buscar, senão comparações, possíveis ensinamentos sobre erros e acertos na condução do país. Há quem diga que a história nada ensina, que vasculhar o passado é inútil. Entretanto, olhando de longe talvez se possa, pelo menos, ponderar sobre a personalidade de homens públicos que encantaram seus eleitores e chegaram ao mais alto cargo público do país. Goste-se ou não de alguns, lembramo-nos deles segundo o que vivenciamos durante seus governos. Impossível, por exemplo, esquecer as cenas de desolação e o silêncio das ruas quando da renúncia de Jânio.

É olhando para o que já vivemos, buscando elementos de comparação que nos consolidem a opinião, que observamos a atuação dos homens que atualmente ocupam a presidência de seus países. Trump, Macron… Mais especificamente nos interessa a atuação do atual presidente de nosso país dado que dele emanam medidas que afetam o cotidiano de nossas vidas. Entretanto, mesmo sob o crivo de observações das mais genéricas, eis que nos vemos diante de um impasse. É que, em nossa história republicana, nenhum dos ocupantes da presidência mostrou-se com características comparáveis ao do atual presidente do país. De tal modo destaca-se ele de seus antecessores que se torna difícil, senão impossível, avaliar ao que terá vindo ao assumir o poder. Diante disso muito se especula em todos os meios de informação. Aos poucos a esfinge vai se desnudando, embora ainda não seja possível dizer com certeza se, afinal, fará ou não um bom governo. Bolsonaro ainda é uma incógnita.