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A espada viking

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Já não se fazem guerras com espadas. Espadachins competem em torneios, mostrando a beleza de suas estocadas. Mas, as espadas foram substituídas por armas enormemente mais potentes. Nos conflitos urbanos que diariamente se repetem nas nossas ruas a bandidagem se serve de armamento pesado. Metralhadoras e fuzis tornaram-se comuns. A polícia nem sempre conta com material bélico à atura dos utilizados por aqueles a quem combate.

Espadas só mesmo nos filmes. O novo filme da Mulher Maravilha mostra a heroína, resultante da união de um Deus do Olimpo e uma mulher humana, enfrentando cerrado tiroteio de soldados alemães num campo de batalha. Suas armas são apenas a espada e o escudo com o qual apara centenas de tiros de metralhadoras. Maravilha é do bem e vence. O bem em geral vence nos filmes para gáudio dos espectadores. A confiança no poder do bem não deve ser quebrada.

Noticia-se a descoberta de uma espada viking na Noruega. Um caçador encontrou a arma de 1100 anos. Espantoso que tenha permanecido intacta, após tanto tempo ao ar livre. A qualidade do ferro utilizado pelos vikings é destacada pelos analistas do objeto.

A história dos vikings é rica em acontecimentos. A civilização desse povo expandiu-se em função de notável comércio marítimo, agricultura e artesanato. Aliado ao comércio marítimo floresceu a pirataria. A Europa Continental foi saqueada pelos ousados vikings. Representações de guerreiros vikings costumam mostra-los com suas roupas de peles, metais e o capacete na cabeça do qual emerge um par de chifres.

A espada agora encontrada nos leva a pensar a quem e a que terá servido no passado. Terá ela passado pelas mãos de guerreiros desaparecidos cujo tato conserva. Mas, terá seu proprietário participado com ela de combates? Quantas mortes terá provocado essa espada nas batalhas do povo viking?

Uma espada repousa mais de mil anos ao ar livre e se mantém intacta. Oriunda de épocas distantes teria ela uma história a narrar. Sobreviveu ao tempo como testemunho de um povo desaparecido. Certamente será enviada a algum museu onde será exibida como artefato de luta do passado. Mas, a morte para a qual foi fundida sempre estará com ela. Foi e sempre será uma arma de combate.