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Tempos de assédio

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Um deputado estadual de Kentucky atirou-se de uma ponte dias depois de ser acusado de assédio por uma mulher. Ela relata ter sido beijada e manuseada por ele, em 2012. O deputado, pastor de igreja evangélica, no passado dissera que Obama e esposa eram primatas. Antes de se suicidar o deputado escreveu uma carta, alegando ter vivido em depressão nos últimos 16 anos. A causa? Ora o ataque às Torres Gêmeas com o qual não se conformou e nunca pode superar.

A lista de personalidades acusadas de assédio sexual cresce. Congressistas, jornalistas, atores, diretores de cinema e outras pessoas têm seus nomes ligados a atos desse tipo cometidos no passado. Dias atrás o conhecido ator Dustin Hoffman passou a fazer parte da lista.

O caso mais rumoroso nos últimos dias diz respeito a acusações de mulheres ao presidente Donald Trump. Ele nega. Atribui aos democratas manobras para desestabilizar seu governo. Mas, as acusações são sérias. As mulheres que se dizem assediadas por ele no passado exigem investigação.

É cedo para se dizer como a história julgará Trump. Com um ano no cargo sua imagem tem sido de um sujeito incompetente para governar e, principalmente, desinformado. Usa as redes sociais para enviar mensagens e com frequência se complica. Acaba de sair-se mal por seu apoio a um candidato republicano ao senado no estado do Alabama. Malvisto pela comunidade negra do estado e também acusado de assédio o republicano foi derrotado pelo opositor democrata. Ainda que a margem de votos do vitorioso tenha sido pequena a derrota refletiu sobre o presidente.

O mundo árabe está contra Trump. O presidente reconheceu Jerusalém como capital de Israel e vai mudar a embaixada de seu país para a cidade. A decisão provocou grande revolta em todo o mundo árabe para quem Jerusalém também é sua capital. Desse modo, tornam-se ainda mais difíceis as já complicadas negociações de paz no Oriente Médio.

Fala-se muito em inteligência artificial hoje em dia. Existe a previsão de que em poucos anos os veículos circularão sem motoristas. Teme-se que se atinja o estágio em que uma máquina se torne capaz de ensinar outra máquina o que poderia representar o fim do domínio humano sobre o planeta. Não se trata de ficção científica, mas de probabilidades não descartáveis. Entretanto, essa preocupação não parece merecer tanta atenção. Teme-se que muito antes desse incrível desenvolvimento tecnológico o homem acabe por destruir o planeta onde vive. Aí está a Coreia do Norte munida de armas nucleares e ameaçando lança-las contra seus inimigos. Do outro lado fica Trump, garantindo que acabará com a Coreia do Norte caso ela tome alguma iniciativa guerreira.

O poder não se encontra em boas mãos no momento e não se pode ignorar que o perigo é iminente nesses tempos de assédio.

Escrito por Ayrton Marcondes

14 dezembro, 2017 às 11:35 am

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