O capeta-chefe tá aqui at Blog Ayrton Marcondes

O capeta-chefe tá aqui

deixe aqui o seu comentário

Traficantes evangélicos perseguem religiões afro-brasileiras. Aconteceu na Baixada Fluminense. O capeta-chefe avisou sobre sua chegada, mandando quebrar e botar fogo em tudo. O lugar do ataque? O terreiro de uma mãe de santo, uma ialorixá do candomblé, para os agressores uma bruxa, macumbeira e feiticeira que alimenta Satanás.

Não se trata de caso isolado. Há outros. O preconceito cresce. Para os agressores não há contradição entre ser evangélico e traficante. Pelo que evangélicos protestam: nada de crime junto com religião.

Redes sociais são úteis para espalhar boatos, fakes. Em maio de 2014 uma mulher foi barbaramente linchada porque alguém divulgou numa rede social que ela era bruxa. Ela sequestraria crianças para utilizá-las em rituais de magia negra. O caso se deu em Guarujá, São Paulo. Amarram a mulher acusando-a do sequestro de uma criança. Agredida, espancada, a mulher sofreu traumatismo craniano. Usaram pedaços de pau, caibros, cordas e a arrastaram. Depois de ser torturada pela multidão furiosa foi levada a um hospital. Não resistiu aos ferimentos e morreu. Casada e mãe de duas crianças a mulher foi confundida porque tinha alguma semelhança física com a foto divulgada na internet. Hoje o nome da mulher linchada é nome de rua: Rua Fabiane Maria de Jesus.

Como se não bastasse o descalabro da criminalidade crescente amplia-se o espectro dos crimes praticados. A besta realmente parece estar solta. O bandido que se faz anunciar como capeta-chefe talvez seja um sinal.

Escrito por Ayrton Marcondes

1 outubro, 2017 às 10:23 pm

deixe aqui o seu comentário



Deixe uma resposta