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Assédios

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Não sei dizer se as velhas “cantadas” podem ser caracterizadas como casos de assédio sexual. Muito comum propor a uma mulher sair para jantar, por exemplo. Não é assédio. Mas, a convidada pode interpretar o convite de outra forma.

Uma senhora de cerca de 40 anos de idade, funcionária de banco estrangeiro com agências no Brasil, sofreu assédio de seu chefe. Mãe de duas crianças, separada. Ocupando alto cargo na hierarquia do banco eis que ela não sabia o que fazer. O chefão era muito claro: não cedesse a ele seria demitida. Os irmãos da senhora chegaram a pensar na aplicação de um corretivo no tal sujeito. Desistiram, não saberiam agir como bandidos.

Não sei dizer se a senhora em questão cedeu ou não. Sei que viveu período atribulado, nervosa a ponto de isso afetar seu rendimento no trabalho. Mas, a história do assédio ficou no ambiente da família. Nem passou pela cabeça da senhora denunciar o chefe. Havia muita coisa em jogo para que viesse a perder o emprego.

Quem viaja no metrô corre o risco de presenciar a ação de sujeitos mal-intencionados que atacam mulheres. Na cidade do México existem vagões exclusivos para mulheres, tal o índice de casos de assédio nos trens. Há quem diga que essa solução não resolve. No metrô de São Paulo os casos de assédio acontecem com frequência. Vez ou outra agressores são detidos e levados à polícia. Infelizmente, não permanecem muito tempo atrás das grades.

Certa vez contou-me uma moça estar na praia e ser abordada por rapaz muito educado. Conversa vai, conversa vem, ela deixou que ele a acompanhasse até o prédio onde morava. O estupro aconteceu na garagem do prédio.

No momento um caso de assédio ocupa o noticiário. Conhecido ator é acusado de assédio por uma figurinista. Teria ele colocado a mão na genitália da moça e perguntado se ela iria ou não dar para ele. O ator nega. O canal de TV em que ele trabalha decidiu afastá-lo da próxima novela. Caso em aberto.

Casos de assédio sexual repetem-se no dia-a-dia. Infelizmente pessoas assediadas nem sempre denunciam seus agressores. Mas, é preciso diferenciar assédio de flerte ou simples brincadeira.

Escrito por Ayrton Marcondes

3 abril, 2017 às 1:10 pm

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