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Videntes e cartomantes

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Não sei se você acredita em videntes e cartomantes. Há quem as visite com frequência. Basta um probleminha para procurar-se previsões sobre o futuro. Cartas e búzios parecem responder às perguntas de quem as faz. O que dizem as cartas? A resposta e o encaminhamento dos problemas podem estar bem ali, ao alcance do interessado, na configuração do baralho ou distribuição dos búzios.

O caso era contado pelos mais velhos da família. Moça bonita recebeu de cartomante informação de que se casaria com ricaço, seria feliz e conheceria o mundo. Foi cortejada por dois rapazes, ótimos pretendentes, nenhum deles rico. Dispensou-os, sempre à espera do príncipe prometido. Envelheceu à espera. No fim da vida contava sobre sua sina, sem jamais perder a esperança. Morreu sozinha, sem ver cumprida a previsão. Chamava-se Glorinha. No velório diziam: Glorinha, a que morreu esperando pela glória.

Mas, existem cartomantes que acertam. Coincidência? Sabe-se lá. Há cartomantes especializadas. Algumas são boas para negócios, outras para o amor. Conta-se que empresários importantes não fecham grandes negócios sem antes consultarem famosas cartomantes. Políticos também fazem uso desse expediente.

Em Brasília - conta-se - é grande o comércio de videntes e cartomantes. Videntes famosas cobram caro por uma consulta. Políticos importantes calibram seus passos segundo a previsão de videntes. Muita gente não resiste ao fascínio de uma consulta ao “outro lado”. É o que corre sobre o assunto.

Podem rir mas, talvez, a solução para a crise brasileira que se arrasta e complica a cada dia dependa da participação dessas boas almas que se entregam à previsão do futuro. De uma coisa estamos certos: não existe solução à vista. Brasília transformou-se numa gigantesca Babel onde cada um diz coisa diferente dos outros e ninguém se entende. Não será que uma vidente…

Conheci uma vidente que operava junto a grandes empresários. Certa vez perguntei a ela sobre como se tornara vidente. Disse-me que pessoas nascem com a sensibilidade, não se trata de escolha pessoal. No passado trabalhara com a polícia, ajudando na solução de crimes complexos. Era levada por policiais a cenas de crimes e sua missão era a de esclarecer o que ali ocorrera. Mas, parara com isso dado o choque a que era submetida nessas missões. Voltava para casa em péssimo estado e só três dias depois sentia-se recomposta. A partir daí tornara-se vidente estabelecida. Coisa de filme.

Mas, sobre a crise brasileira, será mesmo que uma boa vidente…

Escrito por Ayrton Marcondes

8 abril, 2016 às 12:28 pm

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