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O mouse

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Jornalistas conversam na TV sobre a importância da tecnologia em suas atividades. Um deles relembra seus tempos de repórter. Conta que numa passeata tinha que correr ao orelhão para dar notícias, daí perder o passo dos manifestantes que avançavam. Depois passam a comentar o surgimento da internet e o advento do celular. Agora vivem conectados o tempo todo porque a notícia não para. E se perguntam sobre o futuro, daqui a 10 anos, por exemplo. Se o Windows começou a ser utilizado só na década de 90…

Comecei na computação nos anos 80 com um CP-500. Era uma telinha verde que respondia a comandos do MS-DOS. Tentei aprender a linguagem BASIC para criar alguns programinhas. Acabei desistindo. No fundo o que me interessava era poder escrever textos no computador. Acho que foi no fim dos anos 80 que ouvi falar sobre o Windows, sistema operacional que permitiria área de trabalho com ícones. E sobre o mouse, uma ferramenta necessária para acionar os tais ícones. Tudo ininteligível na época dado de que não dispúnhamos de imagens para compreender bem.

Meu primeiro PC, já com Windows, tinha um processador de textos, o Wordstar, que já permitia acentuar palavras na tela. Verdade que para acentuar fossem necessárias articulações de alguns dedos em várias teclas gerando um comando. Conseguir um tio ou um acento agudo dava um trabalho danado. Pior: ficava bonitinho na tela, mas as impressoras matriciais não conversavam com o PC daí a impressão sair sem acentuação.

Depois veio o Word da Microsoft. Comprei a primeira versão comercializada no Brasil. O problema continuou sendo a impressão acentuada. As impressoras eram poucas e caras. Em vão liguei para a Microsoft solicitando o tal “driver” que estabeleceria a ligação correta entre o PC e a impressora. Em vão, mesmo.

Hoje vejo crianças mexendo em teclados com a maior naturalidade. Aliás, o mundo parece a eles absolutamente natural. Os meninos de minha família, 4 anos de idade, ligam a TV no Netflix com a maior naturalidade. Ligam eles mesmos para a minha casa, discando o número do meu telefone no celular dos pais.

Tudo muito bonito. Mas, sem a emoção que senti, por exemplo, ao ler nos idos sobre algo muito estranho, chamado mouse, que se tornaria uma excelente ferramenta auxiliar no uso de nossos computadores.

Escrito por Ayrton Marcondes

11 março, 2016 às 1:26 pm

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