O dia da morte at Blog Ayrton Marcondes

O dia da morte

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Há pouco caiu uma areronave sobre um prédio da cidade. De onde estou dá para ver uma nuvem de fumaça preta. O noticiário informa que a aeronave bateu na cobertura de um prédio e depois despencou sobre uma casa próxima, ao lado. Até agora sabe-se que há feridos e duas vítima fatais.

Impressionante a velocidade com que a notícia do acidente se espalha. A quebra da ordem e da monotonia da cidade interiorana faz medo. De repente começa a circular a notícia de que a aeronave é um Cessna no qual viajava o candidato a presidente Eduardo Campos, procedente do Rio e a caminho de São Paulo. Ainda não se sabe sobre a situação de Eduardo Campos.

Ouço um homem raciocinar sobre o estranho sorteio que premia um determinado lugar para que algo tão inesperado aconteça. Por que aquele lugar? Por que justamente aquelas pessoas estariam ali para serem envolvidas no acidente?

Nesse momento noticia-se que Eduardo Campos faleceu no acidente. Incrível que tenha sido ele e aqui tão perto. A morte do político mudará o cenário da disputa presidencial. Mas, que perda irreparável. Era um político jovem - 49 anos – e deixa mulher e cinco filhos. Não há como não sentir na própria pele a extensão de uma tragédia como essa.

Sempre me vem à cabeça a imagem da pessoa que acorda na manhã do dia em que vai morrer. Essa pessoa segue sua rotina matinal, toma o café da manhã e segue em frente. Não completará o dia porque a morte o espera a meio caminho.

Com Eduardo Campos a sorte foi madrasta. Não era o momento em que deveria morrer dado estar em campanha, percorrendo o país em busca de apoios e votos. Mas, se há algo que sabemos sobre a morte é que ela não respeita nada. Age quando e do jeito que quer. Ceifa vidas indiscriminadamente. Hoje, infelizmente, escolheu Eduardo Campos e as pessoas que o acompanhavam.



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