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Conhecendo Alcântara

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Não há como estar em São Luís, capital do Maranhão, e não conhecer Alcântara. Todos os guias de turismo colocam a ida a Alcântara como obrigatória. Cidade que se conserva no passado, edificações antigas, ruinas, ruas calçadas com pedras, museus, grande beleza com vistas para o mar. Assim se descreve a cidade que dista 53 km de São Luís e à qual se chega através da travessia marítima em balsa de passageiros. A balsa sai de São Luís exatamente às 7 horas da manhã. Trata-se de veículo envelhecido e que percorre a distância mais ou menos lentamente, gastando cerca de hora e meia na travessia.

Talvez porque tanto se fale sobre a beleza de Alcântara a cidade decepcione um pouco ao visitante. Logo que se desce da balsa enfrenta-se uma longa ladeira com chão de pedra, cercada por casinhas pequenas e de aspecto mais ou menos igual. Durante a subida passa-se por ruínas de antigos casarões e, ao final, chega-se à Praça da Matriz que é de fato magnífica. No centro dela estão as ruínas da Igreja Matriz de São Matias defronte a qual se vê o pelourinho. A praça é cercada por casarões antigos. Num deles funciona a prefeitura, em dois outros museus.

A visita aos museus é interessante e aqui vale ressaltar o trabalho dos guias que percorrem as várias dependências dos prédios, explicando tudo o que neles se encontra. O Museu Histórico de Alcântara é um casarão que esteve fechado durante muito tempo, conservando-se em seu interior todos os pertences de seu antigo proprietário, homem de posses que, entre outros negócios, foi farmacêutico e alfaiate.  O interior da casa obedece à respiração de seus antigos habitantes, cujas fotos estão nas paredes como a vigiar a presença de intrusos a perturbar o eterno descanso de todos.

Ao visitante também está reservada a visita à Casa do Divino, sobrado colonial onde se exibem altares e instrumentos ligados à festa. Mais uma vez há que se elogiar o cuidado e atenção dos guias que pacientemente revelam aos visitantes os detalhes da grande festa de Alcântara.

Quem segue em frente após a visita à Casa do Divino chega à Igreja de Nossa Senhora das Mercês cuja construção data do período entre 1660 e 1690. O retábulo do altar-mor é de talha dourada, estilo barroco rococó. Há, também, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos na qual fica-se sabendo que no Brasil existem apenas três imagens de santos pretos: Santa Ifigênia, São Benedito e Nossa Senhora Aparecida.

Há que se destacar a urbanidade e atenção do povo de Alcântara, pessoas hospitaleiras que fazem de tudo para que o visitante da cidade sinta-se bem e em casa. Para quem planeja conhecer Alcântara vale lembrar o grande calor que faz na cidade, daí a visita ser feita sob sol inclemente. Além disso, a travessia pela balsa em geral se faz em condições de mar muito mexido daí não ser tão simples para quem costuma facilmente ter os famosos “embrulhos” de estômago.



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