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O esquartejamento

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Há muito tempo um crime não chama tanto a atenção pública como esse em que um japonês foi morto e depois esquartejado pela própria mulher. As circunstâncias da ação estão sendo esclarecidas aos poucos, mas a confissão da mulher levou a polícia a dar o caso como encerrado sob o ponto de vista interrogativo. Confessou ela que após discutir com o marido - que teria uma amante - matou-o com um tiro na cabeça. Depois esperou dez horas e, após utilizar coagulantes, esquartejou-o sendo que, mais tarde, livrou-se das partes carregando-as em malas e jogando-as na região de Cotia. As malas foram compradas por ela num shopping-center com a finalidade de serem utilizadas para carregar as partes do corpo.

O japonês assassinado era herdeiro da empresa Yoki recentemente vendida por quase 2 bilhões de reais a um grupo norte-americano. O casal vivia num apartamento de 500 m2 e tinha uma filha de dois anos de idade.

Passados poucos dias desde que a notícia sobre o crime foi divulgada não se fala noutra coisa. Programas policiais no rádio e na televisão comentam a frieza da mulher e a ocorrência de crime tão hediondo. Na internet há um vídeo no qual se mostra o casal no elevador com a filha, depois o marido saindo para comprar uma pizza e finalmente a mulher entrando no elevador com as malas. Divulga-se também que a mulher foi parada numa blitz pela polícia justamente no momento em que carregava no carro as malas com as partes do corpo do marido.

Tenho ouvido muitas opiniões sobre o caso do esquartejamento do japonês. As pessoas admitem que a mulher tivesse raiva imensa do marido, mas se perguntam porque ela simplesmente não se separou dele já que eram imensamente ricos. De todo modo paira nas conversas um clima de estupefação diante de ato que beira o inacreditável. Como uma mulher, sozinha, foi capaz de praticar crime tão terrível? Como teve sangue frio para deixar o corpo do marido esfriar e depois gastar quatro horas para esquartejá-lo, como confessou?

O esquartejamento do japonês da Yoki é um crime incomum que nos incomoda porque desafia os limites daquilo que consideramos humano.  Há algo de sombrio na face fria da mulher que o cometeu, mas ao observá-la, nem de longe poderíamos supor que fosse capaz de tanto. Essa mulher cometeu algo que desafia a lógica com que pensamos e fez-nos desconfiar dos limites da fronteira que nos separa do universo animalesco. Talvez por isso o caso perdure e as pessoas falem tanto sobre esse crime que certamente será lembrando por muito tempo, sempre citado por sua hediondez e aspectos terríveis de execução.

Escrito por Ayrton Marcondes

9 junho, 2012 às 7:02 pm

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