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Canibalismo

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A primeira vez que ouvi falar sobre canibalismo foi nos bancos escolares quando a professora relatou o suplício do bispo português Dom Pero Fernandes Sardinha. Consta que o bispo foi devorado pelos índios Caetés após o naufrágio do barco em que viajava no litoral de Alagoas. Mas, existem discordâncias: há quem atribua a culpa aos índios Tupinambás; outra versão é a de que três sobreviventes do episódio que lograram escapar tenham culpado aos caetés pela morte do bispo com a finalidade de motivar perseguição aos índios para que as terras deles pudessem ser tomadas. De todo modo Sardinha passou à história como vítima de atividade antropofágica e não custa lembrar que o escritor Oswald de Andrade usou o episódio do suplício do bispo para o seu famoso Manifesto Antropofágico, publicado em 1928.

Vez ou outra surgem notícias de casos de canibalismo que, entre os seres humanos, é caracterizado como antropofagia. Anos atrás houve em cidade praiana de São Paulo caso que despertou a ira dos moradores: um proprietário de barraca de praia mantinha em seu congelador restos humanos dos quais retirava carne para preparar os quitutes que vendia. Consta que muita gente comeu carne humana sem saber fato que, afinal, não caracteriza canibalismo.

Uma rápida consulta na internet nos traz o nome de alguns canibais, entre eles o russo Andrei Chikatilo que ficou conhecido como o “Açougueiro de Rostov”.  Esse Andrei assassinou mais de 50 pessoas entre mulheres, adolescentes e crianças, sendo condenado e executado por matar, mutilar e comer restos de suas vítimas. Os indianos Mohinder Singh e Surender Koli foram acusados de matar e tentar comer 19 crianças.  O mexicano José Luis Calva Zepeda, escritor de histórias de terror, foi acusado de comer restos do corpo de uma mulher. A polícia encontrou pedaços da mulher sendo cozinhados em uma panela no apartamento de Zepeda. São alguns casos de canibalismo, mas a lista é grande.

No momento fala-se bastante sobre um homem e duas mulheres que estão sendo chamados de “Canibais de Garanhuns”. O trio é acusado de matar, esquartejar e comer mulheres. Eles foram presos em Garanhuns, Pernambuco, e estão cooperando com a polícia.  No momento está sendo feita a busca, em locais indicados, de restos mortais de pessoas mortas pelo trio durante rituais macabros. Nas confissões os canibais relataram que, além de comer restos de suas vítimas, utilizavam a carne humana para rechear salgados, empadas e coxinhas que eram vendidos no centro da cidade.

A polícia encontrou um diário escrito por certa “Pretinha” que se acredita ser uma das duas mulheres acusadas de canibalismo. Nesse caderno a autora detalha relações sexuais entre ela e seu amante.

Como se vê tudo muito sórdido, repugnante. Sobre os membros do trio recairão acusações de homicídio, tortura, profanação de cadáveres etc. Pode também surgir a hipótese de que eles sejam mentalmente incapazes tal a magnitude dos crimes que praticaram. Mas, ainda não se chegou ao fim dessa torpe história sobre a qual surgem novas revelações.

Escrito por Ayrton Marcondes

22 abril, 2012 às 12:46 pm

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