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A escolha da profissão

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Você talvez conheça alguém que deu duro para entrar numa determinada faculdade e desistiu do curso ao descobrir que estava na área errada. Há os que descobrem logo e os que chegam ao final, mas nunca trabalham na profissão. Conheci um médico que terminou o curso de medicina só pela insistência do pai dele. Depois de adquirir o diploma não se dedicou um só dia ao exercício profissional que o diploma de médico permitia a ele.

A escolha da profissão nem sempre é fácil. Existem testes vocacionais que ajudam a direcionar escolhas. Por outro lado há pessoas que desde logo enxergam claramente aquilo que farão no futuro. Não devemos nos esquecer, também, daqueles que desejam muito tornarem-se profissionais de determinada área, mas não têm aptidão para tanto.  Nesse caso estão, por exemplo, pessoas que não possuem habilidades com as mãos e almejam serem cirurgiões ou dentistas. Mas, se elas têm dificuldade até em fazer o laço com o fio dos sapatos…

Já se disse que as escolhas mais importantes, infelizmente, são feitas muito cedo na vida. Profissão, casamento e tantas outras escolhas são feitas quando a pessoa em geral é muito jovem daí se atrelarem a laços que poderão pesar-lhes vida afora - caso as escolhas não sejam acertadas. No fundo a escolha deve levar em conta, entre outros fatores, as aptidões pessoais e algum vislumbre das possibilidades da profissão no mercado de trabalho. Conheço pais que se preocupam muito não só com a formação dos filhos, mas com as inclinações deles no sentido de adotarem essa ou aquela profissão. O filho de um amigo, ainda cursando o ensino médio, quer porque quer tornar-se músico com o que o pai não concorda dadas as dificuldades de realização nessa profissão. Em todo caso é muito importante que as pessoas dirijam suas escolhas para algo que tenham não só habilidade como gostem porque, senão, passarão a vida brigando com uma atividade que não os satisfaz.

Mas, se servir de ajuda para alguém, o site da revista Forbes acaba de publicar uma lista das dez profissões que contam com pessoas mais felizes e das dez que reúnem os mais infelizes profissionalmente. A lista resultou de uma pesquisa realizada na Universidade de Chicago e chama a atenção o fato de que a felicidade profissional ou não parece não estar ligada e melhores remunerações pelo trabalho executado. A lista dos mais felizes é encabeçada pelos clérigos, seguindo-se bombeiros, fisioterapeutas, escritores, professores de educação especial, professores, artistas, psicólogos, vendedores de serviço financeiros e engenheiros de operação. Já a lista dos infelizes começa com o cargo de diretor de tecnologia da informação seguindo-se diretor de vendas e marketing, gerente de produto, desenvolvedor web júnior, especialista técnico, técnico em eletrônica, assistente judicial, analista de suporte técnico, operador de controle numérico computadorizado e gerente de marketing.

Não sei se a lista da Forbes servirá a alguém para a tomada de posição em relação ao que pretende fazer na vida. Por outro lado é preciso considerar se a pesquisa realizada numa universidade norte-americana se aplica ao Brasil. Republicada no site do UOL a lista mereceu vários comentários dos leitores, havendo quem ache que se ajusta bem à realidade brasileira. Entre os leitores há também opiniões de pessoas que no momento praticam profissões consideradas infelizes e discordam, afirmando serem felizes em suas atividades. Mas, chama a atenção a discordância geral em relação à inclusão de professores entre os mais felizes profissionalmente. Leitores protestam contra isso fato que parece mesmo espelhar o desagrado dos profissionais brasileiros que militam nas salas de aula.



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