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Vida de parlamentar

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Será implicância? O fato é que a turma anda de olho no deputado Tiririca. Lê-se que ele empregou humoristas do Programa “A Praça é nossa”. O detalhe é que os dois humoristas receberão R$ 8000,00 mensais, cada um, e ficarão em São Paulo, nada fazendo na  capital federal.

Também se lê que o deputado Tiririca pagou um resort, em Fortaleza, com dinheiro público. Destaca-se que o resort se localiza a 3000 km do reduto eleitoral do deputado. Mais: noticia-se que a Sony foi condenada a pagar uma indenização de pouco mais de R$ 1 milhão por ter vendido um disco de Tiririca que contém a música “Veja os cabelos dela” cantada pelo deputado. Considerou-se racista a letra da música daí a condenação da gravadora. Jornalistas estranham não se responsabilizar Tiririca pela gravação.

O deputado Jair Bolsonaro está sendo acusado de homofobia e racismo por declarações feitas no programa CQC. Perguntado por Preta Gil como agiria se o filho se apaixonasse por uma negra ele respondeu:

 “Isso nem passa pela minha cabeça. Eles tiveram uma boa educação, com um pai presente. Então, nem corro esse risco”.

Agora todo mundo quer processar Bolsonaro que, de resto, gosta de polêmicas. Mas, no caso de Tiririca vale perguntar se não estão embirrados com ele. Deputado mais votado do país em um Estado que não é o seu de origem, palhaço de profissão, acusado de ser analfabeto funcional, por isso e muito mais Tiririca é notícia. O interessante é que todo mundo sabe o que esperar dele. Obviamente, trata-se de alguém fora de seu nicho, que demorará a entender as limitações impostas pelo cargo que ocupa. Não é ocaso de defendê-lo, afinal trata-se de dinheiro público. Entretanto, nesse caso, parece que, se culpa existe, pertence aos eleitores que puseram Tiririca em Brasília. Ao votar nele, seja por simpatia, descaso ou protesto, os eleitores fizeram uso de seus direitos inalienáveis de escolha.  Agora resta ver no que vai dar. Tiririca é uma caixa de surpresas, prato perfeito para a mídia que anda à caça de notícias, melhor ainda se forem espalhafatosas.

Vida de parlamentar não é fácil não, meu amigo, ainda mais se o camarada for despreparado.   A coisa só é boa para os profissionais do ramo que não se metem em bobagens como pagar R$ 600,00 em um resort com dinheiro público. Para esses os golpes são grandes, milionários e deles nem sempre recebemos notícias. Veja aí o retorno à ativa da turma do mensalão. Já se anda dizendo que os acusados, agora ocupando cargos importantes, darão a volta por cima. Aí é só esperar gente que deu golpe grande apontar o dedo para a nação dizendo-se injustamente acusados. A nós restará, caso aconteça mesmo, uma revisão no conceito de Justiça.



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