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A Trilogia Dunga

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Já vimos “A Identidade Dunga” manifesta em entrevistas – algumas infelizmente lamentáveis - e atitudes. No momento assistimos ao segundo filme da série cujo título é “A Supremacia Dunga”. O roteiro não foge ao esperado: do alto comando do técnico da seleção brasileira emanam decisões como a da reclusão dos atletas, entrevistas apenas com porta-vozes ensaiados, restrições ao acesso do público e imprensa, enfim tudo o que é preciso a quem se prepara para enfrentar uma guerra.
Estamos diante de um curioso caso de retrocesso. À divulgada anarquia que cercou a passagem da seleção na Copa de 2006, parte-se para a linha dura da qual participam principalmente eleitos obedientes. Agora a prioridade nem sempre anda de braços com o talento: dá-se preferência aos mais aplicados. É o imperativo do funcionalismo público no futebol com premiação dos mais cumpridores.
Tudo isso indica que sociólogos e afins precisam trabalhar mais a realidade do país. Um novo painel de atitudes começa a vigorar em vários setores, destacando-se a política e o futebol. Novas regras são ditadas à luz do dia, muitas vezes contrapondo-se a leis. O presidente da República insurge-se contra as leis eleitorais e é seguidamente advertido sem que isso tenha maior repercussão. O técnico da seleção propõe normas arcaicas e parece não importar a ele a desaprovação da imensa torcida brasileira.
Sobre o país de Lula e Dunga pairam novas e desconcertantes luzes. Será assim aquilo a que chamamos de futuro? Deixando de lado a política, a ver o que sucederá no futebol. A Copa está aí e a sorte de Dunga foi lançada. Sem cintura como é o técnico cobrará empenho e vitória, ciente de que deixou para trás o talento de novos jogadores em ascensão, talvez porque falte a eles alguma evangelização.
Copa iniciada será hora do fim da trilogia com o filme “Ultimato Dunga”. O enredo? Ah, só no decorrer da Copa saberemos.
Pobre imensa torcida apaixonada pelo futebol! Mas não duvideis, ó incautos: de repente até pode dar certo porque o país atravessa maré de boa e parece ter força para resistir a tudo.

Escrito por Ayrton Marcondes

25 maio, 2010 às 9:56 am

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