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A paternidade das obras públicas

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a-paternidade-das-obras-pablicasAno eleitoral se presta para a divulgação dos feitos dos candidatos que, por esse meio, procuram demonstrar suas eficiências políticas e administrativas. Entre nós não importa muito que obras públicas sejam realizadas com dinheiros arrecadados da população através de uma das maiores tributações cobradas em todo o mundo. Desse modo, obras de interesse comum são entregues à população como se tratasse de uma espécie de favor: o contribuinte recebe algo pelo qual pagou para ser realizado e deve estar agradecido àqueles que tornaram possível a concretização do projeto.

Não se está a desmerecer os méritos dos governantes que mostram visão ao optar por tal ou tal obra que contribui para o bem estar comum. O fato é que, infelizmente, a história do país é rica em desmandos que envolveram gastos enormes aos cofres públicos e não deram em nada. Estradas abandonadas e a Paulipetro são bons exemplos de gastos absurdos e desnecessários. Daí que elogios aos governantes que cuidam da coisa pública com probidade são mais que merecidos.

Atualmente vive-se uma maratona de inaugurações, mesmo de obras ainda incompletas. O governo federal, empenhado na candidatura de Dilma Roussef, anunciou o PAC 2 mesmo enfrentado críticas sobre os resultados do PAC 1. Mas, é preciso mostrar à população que este é um governo que realiza, obviamente visando às urnas de outubro.

Por outro lado, em São Paulo, inauguram-se obras, destacando-se o Rodoanel, ainda que levemente incompleto. É a resposta da candidatura de José Serra ao governo federal.

Existe, portanto, uma disputa a céu aberto. O mais recente episódio dessa disputa está sendo exibido agora na televisão: propaganda do governo federal atribuindo-se parceria nas obras realizadas e São Paulo, com destaque para o Rodoanel.

Mas isso é só o começo porque as campanhas eleitorais estão engatinhando. Há muita coisa por acontecer, inclusive disputas acaloradas sobre a paternidade do que é realizado com o dinheiro público.

Quem viver verá.

Escrito por Ayrton Marcondes

12 abril, 2010 às 12:31 pm

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